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quinta-feira, 29 de abril de 2010

Finalmente: O Clássico dos Clássicos.

O campeonato pernambucano chegou ao seu momento decisivo. Sport e Náutico farão a final que era tida como óbvia no começo do ano, foi posta em dúvida no decorrer da competição, em virtude da evolução do Santa Cruz, e agora confirma-se depois das semi-finais. O Sport não teve dificuldade em eliminar o Central. Venceu os dois jogos. O primeiro, em Caruaru, por 3 x 0, lhe deu uma vantagem descomunal para o jogo de volta, na Ilha do Retiro, que aconteceu hoje.

O sentimento era presente de que apenas uma catástrofe tiraria o Sport das finais. Tanto foi verdade que a sempre presente torcida do Sport compareceu em número bem baixo ao estádio, na noite de hoje. Pouco mais de dez mil pagantes viram a vitória dos comandados de Givanildo Oliveira por 1 x 0, golaço do prata da casa Levi. A torcida do Central compareceu em número ainda menor: Apenas um torcedor centralino esteve presente às dependências da Ilha.

Saindo com tudo para o ataque nos primeiros minutos, o time de Caruaru assustou o Sport em lances pontuais, mas a defesa rubro-negra esteve bem durante todo o jogo. O trio formado por César, Igor e Tobi segurou as investidas do time adversário, e Magrão, quando exigido, mostrou a frieza de sempre. Na frente, os jogadores do Sport, principalmente Ciro e Eduardo Ramos, foram muito atrapalhados pelas condições deploráveis do gramado da Ilha. Eduardo, por sinal, reclamou abertamente no intervalo. No segundo tempo, o Sport manteve a regularidade, tendo o jogo sob controle, e perdendo gols.

Coube ao prata da casa Levi, volante, que entrou no lugar de Daniel Paulista, que se sentira mal na noite anterior, marcar o gol do jogo, um petardo colocado. O Sport confirma o favoritismo e está na final.

Nos Aflitos, o Náutico mostrou, além de um preparo físico muito superior, maior organização em campo, e venceu o Santa Cruz por 1 x 0. Gol de cabeça de Carlinhos Bala, após ótima jogada de Zé Carlos pela esquerda. O time do técnico Alexandre Gallo foi superior desde os primeiros minutos de jogo, buscando o tempo todo o resultado. O resultado de 0 x 0 levaria o jogo para os pênaltis. Qualquer empate com gols, classificaria o Santa.

Tendo uma série inacreditável de gols perdidos pelos atacantes Geílson e Rodrigo Dantas, o Náutico levou aflição à torcida da casa. O Santa Cruz parecia impotente, como se tivesse chegado ao seu limite técnico e físico. Nem de longe foi o time que eliminou o Botafogo da Copa do Brasil. Sem ação para sair do bem armado sistema defensivo do Náutico(partidas soberbas dos volantes Hamílton e Ramires), o time do Santa se viu impotente. Mesmo quando quis pressionar, com o placar já marcando 1 x 0, o time do jovem e promissor Dado Cavalcanti não teve êxito.

O que pode caracterizar o time do Náutico é a evolução, principalmente no quesito físico. O time engoliu o Santa Cruz na disposição, fruto da semana de treinamento promovida por Gallo, que enfocou nesse aspecto, problema conhecido desde rodadas anteriores do campeonato.

Agora, tudo pronto. Domingo, nos Aflitos, e quarta, na Ilha do Retiro, o pernambucano irá se decidir. O Náutico tentará a todo custo impedir o pentacampeonato do Sport. O rubro-negro tem a vantagem de decidir em casa. Clássico das emoções, para definir o Frevão de 2010.

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