O espaço onde a redonda chama a responsabilidade.

quarta-feira, 31 de março de 2010

O futebol agradece.

Jogaço no Emirates Stadium. Barcelona e Arsenal protagonizaram um exemplo de futebol ofensivo, repleto de variações táticas e alternativas. O Arsenal com seu time de desfalques no departamento médico, e o Barcelona apenas sem Iniesta, que vem fazendo muita falta no meio de campo catalão. Nada disso fou sucifiente para diminuir o brilhantismo do jogo. O Barcelona teve dez chances claras de gol, e foi parado em um incomum dia inspirado do goleiro Almúnia, que vinha muito mal nos últimos jogos. Já os ingleses tiverem quatro boas chances. Um 2 x 2 que pode premiar o futebol bonito, a eficiência, a ofensividade. O que cada um quiser. O fato é que os 60 mil torcedores que estiveram no Emirates não têm do que reclamar.

No primeiro tempo de jogo, em especial até os 25 minutos, foi possível presenciar um dos maiores massacres que já existiram em um campo de futebol, durante uma partida entre times de alto nível. O Barcelona sufocava o Arsenal de maneira impiedosa, absoluta, gigantesca. Os Gunners se seguravam como podiam, sendo salvos, quem diria, pelo contestado goleiro espanhol, que defendeu ao menos 6 bolas quase que à queima roupa. Ibrahimovic perdeu muitas chances, além do próprio Messi, que hoje esteve abaixo de sua - astronômica - média. O Arsenal dava pena. Não conseguia passar do meio campo, e quando conseguiu dar seu primeiro chute a gol, com Nasri (melhor em campo dos Gunners), aos 26 minutos de jogo, a torcida vibrou como se fosse gol.

Aos poucos, um parco equilíbrio existiu. Mas nada que se pudesse discutir. O Barcelona desperdiçou a oportunidade de sair com uma das maiores goleadas da história recente da Liga dos Campeões.

No segundo tempo, aos 50 segundos, as 10 chances perdidas transformaram-se em um golaço. Ibrahimovic recebeu ótimo lançamento de Piqué e meteu por cobertura, sem qualquer chance para mais um milagre de Almúnia. O Arsenal resistira por tanto tempo, mas de nada adiantou. 1 x 0. O segundo tempo comeraça exatamente como o primeiro, com uma pressão colossal do Barcelona. Aos 13 minutos, passe milimétrico para Ibra, que recebe, põe na frente, e fuzila, no alto esquerdo de Almúnia. A classificação estava encaminhada.

Aos 21 minutos, o destino do Arsenal começa a mudar: Wenger demorou, mas tirou Sagna para colocar Walcott. A esperança inglesa na Copa entrou muito bem, e em 6 minutos em campo, descontou. Bendtner achou bem a infilitração do garoto, que tocou por baixo de Valdez. Explosão no Emirates. 2 x 1. O jogo ficou completamente aberto, fazendo jus ao estilo de atuar das duas equipes. Com os volantes do Arsenal em uma tarde pouquíssimo inspirada, com muitos passes errados, o Barça se aproveitava nos contra ataques, enquanto Arsenal tentava pressionar.

Aos 39, Bendtner ajeitou de cabeça para Fabregas, que recebeu falta clara de Puyol dentro da área. Pênalti, gol do Arsenal, Puyol expulso e Fabregas se lesionando na própria cobrança O astro espanhol já está de fora do jogo de volta, por ter tomado cartão amarelo. Foi um jogo sensacional. O Barcelona possui, ainda, uma vantagem imensa. Mas nesse caso, ver um jogo entre esses dois times é sempre um prazer.

terça-feira, 30 de março de 2010

Triunfo de quem?

O Manchester foi o Manchester apenas no primeiro tempo, nesta tarde de Liga dos Campeões, na Allianz Arena. Com o gol relâmpago de Wayne Rooney logo no primeiro minuto de jogo (seu 34º na temporada, fase estupenda), e contando com o péssimo dia do zagueiro argentino Demichelis, o Manchester fez uma partida consistente na primeira etapa. Já o time alemão sentiu demais o golpe repentino, e demorou muito a se encontrar na partida e encaixar seu jogo.

O Bayern sentiu demais a falta de Robben, que assistiu o jogo do alto das cadeiras. A saída de bola do time era focada apenas em Ribéry, o que facilitava a marcação do United. Altintop, apesar e voluntarioso, foi - e é - um jogador de pegada, de marcação, no máximo um segundo volante. Com isso, o time ficava estrangulado, e tentou, em alguns momentos dos primeiros quarenta e cinco minutos, sair na base da vontade, do abafa. Nada feito. Alex Ferguson foi um monstro de novo. Destaque para a atuação do volante escocês Fletcher. Nunca um escocês fará tanta falta na seleção inglesa.

No segundo tempo, o Bayern voltou mais organizado, e contando com a ajuda da torcida (que pode assistir ao jogo com ingressos a 15 euros, uma bagatela para os padrões europeus) e com uma saída de bola mais variada, com Müller voltando para buscar o jogo. As defesas de Van der Sar (um monstro) tornavam-se cada vez mais frequentes no decorrer do jogo. Olic, em péssima tarde, começou a aparecer mais, mas sem perigo real.

Aos 30 minutos do segundo tempo, o inoxidável Gary Neville colocou a mão na bola na entrada da área. Falta cobrada por Ribéry. A bola desvia na barreira, premia o francês scarface, e mata Van der Sar. A partir daí, a pressão foi avassaladora. Aos 47 minutos, Olic roubou a bola de Evra na grande área , avançou e meteu no contrapé do goleiro holandês. A Allianz Arena explodiu.

O Bayern vingou a final épica de 98-99 da Liga dos Campeões, e joga por um empate na partida de volta, no Old Trafford. A pergunta é.

Isso é vantagem? O 2 x 1 é suficiente para parar o United? Rooney saiu machucado no tornozelo, e passa a ser dúvida. O futebol europeu nunca olhará tanto para um calcanhar quanto essa semana.

domingo, 28 de março de 2010

Vitória Leonina no Clássico das Multidões.

O Sport bateu o Santa Cruz hoje à tarde, na Ilha do Retiro, pelo campeonato pernambucano, e manteve a vantagem de dez pontos para o vice-líder Náutico, chegando aos 44 pontos, contra 34 do Timbu, que venceu a Cabense ontem, de virada. O Sport apresentou um futebol bastante eficiente e consciente taticamente. Manteve o controle do jogo na maioria do tempo, a não ser por contra ataques esporádicos do Santa Cruz.

O duelo "arquitetado"durante toda a semana, entre os atacantes Brasão, do Santa Cruz, e Ciro, do Sport, praticamente não aconteceu. O jovem atacante do rubronegro teve três claras chances de gol, e converteu uma. No primeiro tempo, após boa jogada tramada pelo meio do Sport, Ciro recebeu e tocou no canto. A bola bateu na trave e voltou nos pés de Dairo, que também carimbou a trave, num lance incrível. Minutos depois, Ciro recebeu ótimo passe, engatilhou, e perdeu um gol incrível, chutando na rede pelo lado de fora.

Aos 39 minutos, o gol de Ciro. Após ótima tabela com o lateral Dutra (vigor físico impressionante), o jovem recebeu na grande área e não perdeu, chegando aos 14 gols no ano, sendo um dos principais artilheiros em 2010 no futebol brasileiro. No segundo tempo, Ciro recebeu um pisão forte e deve de ser substituído. Já Brasão foi muito bem marcado pela zaga do Sport e pela torcida, que pegou no seu pé durante toda a partida.

O atacante tricolor acabou expulso após fazer falta dura em Eduardo Ramos (melhor em campo), impedindo o ataque do Sport. Festa na Ilha do Retiro, que recebeu ótimo público. Brasão teve, ironicamente, seu nome entoado nas arquibancadas e cadeiras dos torcedores rivais.

O Sport foi melhor durante todo o jogo, com destaque para Ciro, Eduardo Ramos e Daniel Paulista. Este último, apesar de ainda demonstrar lentidão, em virtude de estar voltando lentamente ao seu ritmo normal, por conta de uma contusão séria no joelho, jogou demais, e ao lado de Zé Antônio, foi o termômetro do time do Sport, alternando jogadas e, apesar de pecando na marcação, distribuindo o jogo com qualidade.

Pelo lado do Santa Cruz, o jovem volante Leo mostrou-se mais uma vez muito bem. Apesar da pouca idade, o volante apresentou-se com ótimos passes e boa saída de jogo, transformando-se no jogador mais regular do time do Santa durante a partida.

O Sport mostra mais uma vez que sobra em Pernambuco. Agora, é esperar essa enfadonha fase do estadual passar, e começar o mata-mata. O tédio foi interrompido hoje: Ilha do Retiro quase lotada, torcidas inflamadas, e um bom jogo. O Recife viveu uma tarde autêntica de Clássico das Multidões.

quinta-feira, 25 de março de 2010

O Cruzeiro não engrena.

Lédio Carmona

Foi bom porque ganhou. Foi ruim pelo que jogou. O Cruzeiro mais uma vez se atrapalhou com o Deportivo Itália, um dos times mais chatos do planeta. É experiente, sabe irritar o adversário, segura o jogo, faz falta demais, enfim, quebra a bola, como gostam de dizer alguns professores. Em Caracas, a Raposa só empatou por 2 a 2. Hoje, no Mineirão, com um público bem abaixo do que a importância da partida (e a convocação de Adílson Batista) pedia (17.237 torcedores), o Cruzeiro venceu por 2 a 0 (gols de Fabinho e Pedro Ken), deu um conforto à massa azul com o resultado, mas ficou a preocupação por mais uma atuação pálida, previsível e sem consistência.

Quarta-feira que vem, também em Belo Horizonte, o time não terá direito de jogar mal mais uma vez. Será a decisão do grupo. Se vencer, o primeiro lugar estará encaminhado. Se tropeçar, terá que achar um resultado contra o Colo-Colo, em Santiago. Só depende dos brasileiros. Mas para isso será preciso jogar o futebol que a equipe já cansou de exibir por aqui.

Sem Kleber e Roger, o Cruzeiro ficou previsível. Mesmo sem estar bem fisicamente, Roger dava mais volume de jogo ao meio de campo. Gilberto voltou ao time hoje, mas não jogou bem. Insistiu em bolas esticadas, atravessadas e passes longos que, na maioria das vezes, acabavam com os venezuelanos. Wellington Paulista não estava bem. Thiago Ribeiro corria demais, mas não tinha um resultado prático. Diego Renan tinha a preocupação de não dar os mesmos espaços para Richard Blanco pelo lado esquerdo. E a noite de Jonathan pela direita também não era muito inspirada.

Tudo meio arrastado. A sorte foi que o Cruzeiro fez o primeiro logo no início, com Fabinho, e, quando começava a se enervar no segundo tempo, chegou ao segundo gol, com Pedro Ken. Não foi lúdico, nem convincente, nem emocionante. Mas, desta vez, foi prático. O Cruzeiro ganhou. Provisoriamente é líder. E amanhã seca Velez Sarsfield e Colo-Colo, que se matarão em Buenos Aires. O empate será lindo. Mas, sem querer ser chato, mas já sendo, reafirmo: quarta-feira, na decisão contra os argentinos, a Raposa terá que ser muito mais predadora do que nos dois últimos jogos contra o Deportivo Itália. É hora do bote final.


quarta-feira, 24 de março de 2010

Próximo do fim do martírio.

Faltando 4 rodadas para o fim da primeira fase do campeonato pernambucano, a competição se arrasta, com 3 times lutando pela quarta e última vaga para o quadrangular final, que, por sinal, será quando o pernambucano terá alguma graça. O Sport tem 41 pontos e já está classificado). Santa Cruz (32 pontos) e Náutico (31 pontos), em teoria já podem se considerar classificados para a próxima fase. Cabense (atualmente a quarta colocada, com 28 pontos), Central e Ypiranga (ambos com 24 pontos) lutam pela última vaga.

Na rodada de hoje, os três times da capital venceram. No estádio dos Aflitos, o time do Náutico venceu sem dificuldades o Araripina, que luta para não cair, por 3 x 0. Gols de Zé Carlos (golaço!), Bruno Meneghel e Geílson, ambos de pênalti. O Timbu iniciou o jogo a toda velocidade, e chegou ao primeiro gol com Zé Carlos, aos 8 minutos. Em bola travada com a defesa do Araripina, Zé Carlos dominou e soltou uma bomba de fora da área: 1 x 0. Em seguida, Felipe fez uma falta muito dura em Hamilton, do Náutico, e acabou tomando o cartão vermelho direto. No final do jogo, aos 37 minutos, Geílson foi derrubado pelo goleiro Bell na área. O árbitro Emerson Sobral marcou o pênalti e ainda expulsou o goleiro, que era o último homem. 3 x 0, e o Náutico segue firme.

No Arruda, o Santa Cruz por pouco não se complicou contra o Porto, que tem remotas chances de classificação. O tricolor saiu perdendo por 2 x 0. Os gols do time de Caruaru foram marcados com 18 minutos do primeiro tempo. Kiros e Fabian (de pênalti). Aos 34 minutos, o Santa Cruz começou a reação: Joelson, que chegou aos 10 gols no estadual, marcou de cabeça, após cruzamento de Jefferson. O empate veio quatro minutos depois, com o bom meia Elvis, de pênalti. A virada aconteceu aos 39 minutos, em um pênalti convertido novamente por Elvis, bastate contestado pelo time do Porto. O jogador que supostamente cometeu a infração, Romero, tomou amarelo pelo lance, e depois o vermelho pela reclamação. Revoltado, tentou agredir o árbitro, mas foi seguro pelos companheiros. O Santa segue perseguindo o Sport, e aquece os tambores para o Clássico das Multidões, no próximo domingo, na Ilha.

O Sport sentiu o desfalque do volante Zé Antônio (um dos melhores do time na temporada) e teve uma atuação abaixo da média. Com o time travado em campo, fruto da marcação em cima de Eduardo Ramos, o Sport ainda teve de lutar contra o péssimo estado do gramado do time do Vera Cruz, o que aliás, é recorrente nos gramados pernambucanos. Em uma das únicas jogadas lúcidas do time no jogo, Ciro recebeu ótimo e tocou para Dairo, que chutou cruzado: 1 x 0. Dois minutos depois, o time de Givanildo Oliveira matou o jogo. Dutra recebeu na linha de fundo, e cruzou na cabeça de Eduardo Ramos. 2 x 0, e a invencibilidade foi mantida.

A Cabense, quarta colocada no estadual, e que vem fazendo uma campanha brilhante, perdeu de virada para o Central, em casa, e pode se complicar na disputa logo na reta final. Se a primeira fase terminasse hoje, os jogos seriam Sport x Cabense, e Santa Cruz x Náutico.

Domingo, tem o Clássico das Multidões. Aguardem!


Eto'o chegou!

Samuel Eto’o confirmou a boa fase e foi decisivo para a Inter de Milão dar mais passo rumo ao título do Campeonato Italiano. Com dois belos gols do camaronês, sendo um de bicicleta, e outro do brasileiro Maicon, a Inter venceu o Livorno por 3 a 0, em casa. Já o Milan tropeçou novamente e acabou derrotado no final por 1 a 0 para o Parma.

O resultado dá nova cara ao disputado Campeonato Italiano a oito rodadas do fim, depois de os dois principais candidatos ao título empatarem na última rodada. A Inter abriu vantagem na liderança e foi a 63 pontos, enquanto o arquirrival permaneceu com 59 e caiu para terceiro atrás ainda da Roma, que venceu o Bologna por 2 a 0 e também atingiu os mesmos 59 pontos.

Eto'o foi o destaque do jogo depois de marcar o único gol da vitória sobre o Chelsea, que garantiu a classificação para as quartas de final da Liga dos Campeões da Europa. Nesta quarta-feira, os brasileiros também brilharam. Thiago Motta deu duas assistências convertidas em gol e Maicon fez o terceiro da partida.

Mesmo atuando diante do lanterna, a Inter não começou bem na partida e obrigou o goleiro Julio Cesar a fazer boas defesas, principalmente nos chutes de Pulzetti e Filipinni. Aos 31 minutos, a equipe de Milão conseguiu sua primeira jogada de perigo com Quaresma, que acertou a trave após jogada individual.

A partir daí surgiu a estrela de Samuel Eto’o. Aos 35 minutos, ele recebeu passe perfeito de Thiago Motta, driblou o adversário e chutou alto no canto esquerdo, sem chance para o goleiro. Cinco minutos depois, novamente deixou sua marca. Pandev fez o cruzamento e, sem alternativa, Eto’o acertou uma bicicleta para fazer o segundo.

No segundo tempo, a Inter voltou embalada e em um lance brasileiro chegou ao terceiro gol. Maicon começou a jogada, tocou na frente para Thiago Motta, recebeu e acertou o gol com pouco ângulo, aos 16 minutos. A partida daí foi só administrar o resultado.

É, Milan. Fica difícil.

A derrota aos 44 minutos do segundo tempo brecou a reação da equipe que ficou perto da liderança depois de acumular resultados ruins no início da temporada, que renderam várias críticas ao trabalho de Leonardo.

No entanto, depois da boa sequência, a eliminação da Liga dos Campeões, com duas derrotas para o Manchester United (uma delas por 4 a 0), parece ter abalado a equipe que tem novamente o treinador brasileiro sob pressão.

Para o jogo contra o Parma, o Milan entrou desfalcado, sem David Beckham, Alessandro Nesta e Alexandre Pato, todos lesionados. Ainda assim o início prometia uma partida eletrizante. Logo aos seis segundos, Crespo acertou o travessão de Abbiati mostrando o domínio do Parma que se estabeleceria. Os visitantes tentaram explorar contra-ataques, mas não conseguiam atacar. O ritmo do jogo caiu e a etapa inicial se mostrou truncada e com poucas finalizações.

No segundo tempo, Ronaldinho Gaúcho chamou a responsabilidade do jogo, sendo autor dos principais lances de perigo, arriscando chutes de longa distância, mas pouco efetivos. O duelo chegou a ter um momento conturbado. Aos 35 minutos, um jogador do Parma ficou caído e ninguém mandou a bola para fora. Morrone se irritou e iniciou a confusão, depois de entrar duro em Ronaldinho Gaúcho, que afastou seus jogadores.

A partida caminhava para o fim, mas aconteceu o inesperado e o Milan sofreu o revés. Aos 44 minutos, Biabiany recebeu a bola na entrada da área e arriscou o chute cruzado. Abbiati espalmou, mas Bojinov pegou a sobra e marcou.

terça-feira, 23 de março de 2010

Top10 até a Copa: Jermain Defoe

Seguindo com o Top10 dos atacantes que podem fazer a diferença na Copa do Mundo da África, hoje é dia de Jermain Defoe, atacante do Tottenham e da seleção da Inglaterra. Convocado para o English Team desde 2004, o atacante de 27 anos foi gradativamente conquistando seu espaço no time de Fabio Capello, e hoje, mesmo sem ser titular absoluto, é presença certa no mundial.

Começou no mundo do futebol ainda na base do Charlton Athletic, em 1997 e depois no West Ham. No ano de 1999, no mesmo West Ham, iniciou sua carreira como profissional. Permaneceu no clube por 5 anos, e marcou 29 gols em 93 jogos, uma média não tão expressiva de 0,31 gols por jogo. Depois disso, Defoe se transferiu para o modesto Bournemouth, que hoje atua na quarta divisão inglesa, onde atuou por apenas 1 ano, marcando 18 gols em 29 jogos, onde duplicou sua média de gols para 0,62 por jogo.

O grande salto na carreira do atacante veio em 2004, quando ocorreu a sua transferência para o Tottenham. Nessa sua primeira passagem, Defoe jogou lá por 4 anos, e marcou 43 gols em 139 jogos, tornando-se peça chave no time nesse período de tempo. Foi emprestado ao Portsmouth, onde marcou 15 gols em 31 jogos, e, em 2009, voltou ao Tottenham, permanecendo até hoje, onde já assinalou 16 gols em 23 jogos.

Na seleção inglesa, vem tentando cavar sua vaga de titular, brigando com Darren Bent, Heskey e Peter Crouch. Uma das vagas, obviamente, já é de Wayne Rooney. Resta apenas mais uma. O desempenho de Defoe é caracterizado pelos gols marcados quando o atacante de 1,69m sai do banco, sempre mudando o panorama das partidas. Defoe começou poucos jogos como titular no
English Team, onde atuou por 38 oportunidades, marcando 12 gols.

Seu porte físico forte, mas de baixa estatura, o diferencia da maioria dos atacantes ingleses, que tem como ponto predominante a altura. Curiosamente, o maior atacante daquele país na atualidade, Rooney, tem apanágios parecidos.

Possui ótimo poder de finalização, é muito veloz e não tira o pé em lances decisivos. Será importantíssimo para o time de Capello na África do Sul.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Tudo "ão" no Castelão.

Antes de começar a comentar a vitória do Ceará no Clássico Rei, é indispensável lembrar de um detalhe importante. Diferentemente do que aconteceu no clássico entre Botafogo e Flamengo – e seu enfadonho público presente -, vimos mais uma amostra da força do futebol nordestino. O povo de lá é apaixonado pelo futebol. Independente da situação dos times, a massa enche os estádios. No Castelão, 30 mil pessoas. Segundo maior público da rodada – só batido pelo emocionante clássico do Norte Paysandu 3 x 3 Remo, onde o Papão foi campeão do primeiro turno para 35 mil pessoas verem. No Engenhão, clássico, com o Flamengo e Botafogo vindo de títulos recém-conquistados, 9 mil pessoas.vozao

Vamos ao que interessa. No futebol, tem certos jogadores que nasceram para jogar em um clube. Que rodam, rodam, mas só dão certo lá. Geraldo, ou Gera10, é um deles. É ídolo da torcida do Vozão. E corresponde em campo. Marcou dois gols no clássico-rei. Um de fora da área e outro de pênalti. Além de Geraldo, tem outra pessoa que se encaixou muito bem no Ceará. Não é jogador. Trata-se de PC Gusmão. Antes contestado em alguns clubes, se firmou no Vozão, levou o clube à Série A em 2010 e está liderando o Cearense. O Ceará não é bobo. A chegada do promissor Erick Flores vai ser importante. Tanto que estreou com 2 gols na semana passada.

Já o Fortaleza está no caminho inverso. Aposta em veteranos como Paulo Isidoro – que marcou no clássico – para comandar o time, que vai disputar a Série C em 2010. Está em 7º no estadual e não deve passar nem para a fase final. Nada mais normal que a vitória fosse do Vozão. Mesmo com um a menos desde 40 minutos do primeiro tempo – até o goleiro Fabiano, do Fortaleza, ser expulso aos 42 da segunda etapa. Além dos dois gols de Geraldo, Anderson marcou. 3 a 1.

No clássico-rei, tudo ficou no aumentativo. Castelão, Vozão, PC Gusmão e… Geraldão. Pinta de campeão.

domingo, 21 de março de 2010

Do Brasil.

Messi? Mais do mesmo.

Sempre que vejo na escalação do Barcelona o nome de Lionel Messi, começo a preparação. Afinal, o post virá recheado de elogios para o argentino. Te pergunto, caro amigo: quando foi a última vez que viu Messi jogando mal? Eu não lembro, confesso. Adjetivar craques é sempre complicado. Faltam adjetivos no nosso vocabulário para a qualidade desses jogadores.messi

Nesse domingo, mais um show da Pulga. A vítima foi o Zaragoza. Pobres zagueiros. Se tem alguém que eu não queria ser hoje, seria qualquer um dos defensores do time adversário. Não deve ser fácil marcar alguém cujo pé parece eletromagnetizar a bola, escondendo-a e tornando inalcançável. Messi só não faz chover. Marcou três gols. Um de cabeça, um golaço, após fazer fila – pobres marcadores – e outro com belo chute de fora da área, cheio de categoria.

O Zaragoza até tentou estragar a festa de Messi, quando em 4 minutos (aos 40 e 44 do segundo tempo), fez 2 gols, através de Colunga. Mas com Messi não se brinca. Ele que brinca. Foi o que fez, ao driblar com facilidade dois defensores e ser derrubado dentro da área. Pênalti convertido por Ibrahimovic. 4 a 2.

Messi é artilheiro da Liga. Principal trunfo do Barcelona para passar o líder Real Madrid, que tem 2 gols a mais de saldo. Poderia fazer um texto só com adjetivos ao argentino. Não seria exagero. Nada é exagero quando falamos de Lionel Messi. Sorte nossa que podemos assistir a um jogador como ele.

Clássico - enfim - das Emoções!

Essa alcunha há tempos era inapropriada para o confronto entre Santa Cruz e Náutico. Hoje foi totalmente diferente. As duas equipes fizeram um ótimo jogo de futebol, empates, mudanças de panorama, empates, retomadas de placar; enfim, tudo que um bom clássico pede. O destaque do jogo, foram os contra ataques do time do Santa Cruz, e o atacante Brasão, que em poucos jogos já virou ídolo do torcedor tricolor, autor de dois gols. Pelo Náutico, o pode-se dizer que goleiro Gustavo (que substituiu o titular Glédson, que por sinal ficará 3 semanas fora) evitou um resultado mais elástico. Final: 4 x 2 para o tricolor do Arruda.

Com os dois times vindo de derrotas pela Copa do Brasil no meio da semana, o clássico era visto como fundamental para a retomada da boa fase. O Santa contava com a volta de Joélson, artilheiro do time no pernambucano com 9 gols, e que vinha sendo reserva nos últimos jogos. O time estava com o moral alto, em virtude do bom jogo que fez contra o Botafogo. Já o Náutico, sob o comando de Alexandre Gallo, ainda tentava encontrar a formação ideal.

O primeiro tempo foi dominado pelo time do Santa Cruz. Mais bem postado em campo e contando com as boas trocas de passe entre Jackson (ex-Vitória-BA) e Elvis, o time envolvia a defesa do Náutico e criava boas oportunidades de gol. A principal válvula de escape tricolor era o lateral esquerdo Édson Miolo (que, curiosamente, definiu o clássico de 2009, quando jogava pelo Náutico, ao marcar 2 gols de falta), e as trocas de passe pelo meio. O Santa abafava a saída de bola do alvi-rubro, e depois de meter uma bola na trave com Édson Miolo, e de duas chances claras de gols perdidas por Joélson e Jackson, saiu o primeiro gol. Miolo, de falta, aos 43 minutos do primeiro tempo. Bola baixa, que passou por todo mundo na área, e morreu nas redes de Gustavo.

O segundo tempo começou mais igual, com o Náutico tentando manter a posse de bola por mais tempo, mas sem sucesso. Zé Carlos (ex-Goiás e Botafogo), lento, não conseguia puxar os ataques do time do técnico Gallo, tanto que o primeiro chute realmente perigoso do Timbú ocorreu aos 16 minutos da etapa final, com o volante Hamilton, batendo de fora da área. Quando o jogo ficava mais igual, com o Náutico tentando pressionar na base do abafa, o Santa encaixou seu primeiro contra ataque mortal: Brasão, ídolo do torcedor, recebeu em condição legal, e tocou por cobertura. Golaço. 2 x 0 e delírio no Arruda.

O Náutico partiu pra cima de forma desesperada, se expondo aos contra golpes do Santa. Mas deu certo. Em ótima cobrança de falta de Zé Carlos, o zagueiro Igor sobe sozinho e testa à queima roupa do bom goleiro Tutti: 2 x 1. 30 segundos depois, o empate Timbú. Mais uma bola alçada por Zé Carlos, Tutti saiu mal do gol e Derley completou a bola tocada de cabeça: 2 x 2 e o Arruda se calou.

Mas por poucos instantes. Na saída de bola, o Santa fez o terceiro. Bomba de fora da área, que Gustavo espalmou. Brasão pegou o rebote, driblou o zagueiro e o próprio goleiro do Náutico, e tocou com calma. 3 x 2. Na comemoração, o midiático atacante foi expulso por tirar a camisa. No minuto seguinte, outro golaço em outro contra-ataque. Jackson recebeu bola invertida de Brasão e tocou por cobertura. O Arruda explodiu com o final da partida: 4 x 2.

O Santa Cruz é vice-líder, a surpreendente Cabense é a terceira, e o Náutico segue em cai para o quarto lugar. Um clássico que fez jus a sua alcunha. Uma tarde no Arruda como nos bons tempos.

O Milan e suas limitações.

O Milan esbarrou em suas próprias limitações hoje, no jogo contra o Napoli, no San Siro. Limitações do elenco, limitações de seu treinador, e o colapso psicológico que afetou a equipe nos minutos finais do jogo, quando se via a chance de ser primeiro colocado se esvair. A partida terminou empatada em 1 x 1, e a equipe de Leonardo perdeu a chance de ser líder do Calcio. Fato que não acontece desde Novembro de 2008. Não foi desta vez, e José Mourinho agradeceu mais esse tropeço do time rossonero.

As limitações do elenco são flagrantes, e isso é um fato público e notório. Leonardo não pode fazer milares. Hoje, no banco, o Milan tinha Huntelaar, Mancini e Gattuso. Os outros nem merecem ser citados. Nomes pequenos e jogadores insignificantes para a história de um clube como o Milan. Ter de aturar Zambrotta na lateral deve ser motivo de enxaquecas constantes para o treinador brasileiro. O italiano segue "ruminando" seu futebol há anos. Um jogador duro, sem habilidade, e ainda por cima lento, fruto da idade que, felizmente para o futebol, vem chegando. Os reservas, como já citado, não empolgam.

Diante disso, ocorrem também erros de Leonardo, que tem logo o Milan como seu primeiro trabalho como treinador à frente de um clube. Hoje, querendo a vitória a todo custo, ele escalou o Milan com apenas um volante: Flamini. Queria o Milan todo pra frente, a fim de matar o jogo o quanto antes. Ao lado do volante francês, Pirlo atuava como segundo volante, posição onde o mesmo não rende nem metade de seu futebol. Mais à frente, o velho Seedorf, junto do aniversariante Ronaldinho (que deu passe para o gol de Pippo), tentavam municiar Pato e o inoxidável Inzaghi.

Com Pato se machucando logo no começo do jogo, Leonardo apostou em Mancini, que parece ter esquecido seu futebol no coliseu, em Roma, e mais uma fez foi ineficaz, a não ser por perder um gol cara a cara com o goleiro De Sanctis, quando o jogo já estava empatado em 1 x 1.

Com essa vontade de atacar, o Milan foi pra cima, mas deixou sua já fraca e desorganizada zaga ainda mais desprotegida. E foi em um lance de contra ataque que surgiu o primeiro gol. Campagnare aproveitou boa jogada do meio campo Napolitano e escorando uma bola fez 1 x 0. O Milan empatou 12 minutos depois. Ótimo cruzamento de Ronaldinho na cabeça de Inzaghi que, pasmem, empatou.

O que se viu depois daí foi um time completamente desordenado e querendo vencer na base do abafa e do coração. Mas, no futebol de um modo geral, isso nem sempre basta. E pensar que o Milan poderia sair da rodada líder. Depois não se sabe porquê o futebol italiano vem tendo participações tão medíocres na Champions League.

Gerrard-Dependência

O Liverpool foi o único time na história do campeonato inglês que conseguiu bater o Manchester United por 4 jogos seguidos. Tinha a chance de chegar mais uma vez a essa marca hoje, no clássico contra os Red Devils A vitória valia muito mais que um simples tabu: O time de Rafa Benitez precisava vencer para se manter vivo na disputa pela quarta e última vaga para a Liga dos Campeões, que é travada entre o Aston Villa, Tottenham, Manchester City e o próprio Liverpool. O grande problema é que time de Gerrard e Torres têm jogos a mais que seus concorrentes. Por isso, não se pensava em outro resultado hoje, mesmo atuando fora, que não a vitória.

E ficou mais uma vez claro que o time depende exclusivamente de boas jornadas de Fernando Torres e Gerrard, principalmente do armador inglês. Fora a incompetência e péssimos jogos feitos pelo Liverpool, por pura ineficiência, um fator que prejudicou demais a equipe foram as constantes contusões de seus jogadores. Fernando Torres é um dos três melhores atacantes da Premier League, junto com Rooney e Drogba, mas não consegue ter uma sequência de mais de 5 ou 6 jogos. Com isso, o poderio ofensivo do time cai drasticamente.

O primeiro gol do jogo foi justamente do ótimo atacante espanhol. Torres roubou a bola numa saída equivocada do bom médio volante Michael Carrick, tocou de letra para Gerrard e subiu no comando de ataque. Kuit recebeu pela direita de ataque e cruzou na cabeça de El Niño, que subiu sem qualquer marcação de Ferdinand e Vidic: 1 x 0. O Liverpool comandava o jogo, e o Manchester subia em esporádicos contra ataques.

Mas Rooney apareceu mais uma vez, em um lance polêmico. Valência avançou pela direita de ataque e foi puxado por Mascherano. O juiz erradamente apontou o lance dentro da área, marcando pênalti para o United. Muita reclamação do volante argentino que acabou premiado com um amarelo. Rooney bateu e fez seu vigésimo sexto gol na Premier. 33º na temporada.

Depois do gol, o Manchester subiu de produção, principalmente pela queda de rendimento de Gerrard, que sumiu em campo. Sem saída de bola, e dependendo apenas dos chutões dos zagueiros, o Liverpool passou todo o segundo tempo se defendendo e assistindo o Manchester jogar - e pressionar. Nem as entradas de Aquilani e Babel mudaram muita coisa. A bola não passava da intermediária.

Num cruzamento do ótimo Fletcher (que temporada!) , Park entrou de peixinho e definiu o placar. 2 x 1. O Manchester finca o pé na liderança, e o Liverpool, pelo visto, vai se acostumar a jogar a Liga Europa.

sábado, 20 de março de 2010

Tropeço Nerazzuri.

Uol.

Após vencer com ampla superioridade o Chelsea no meio da semana, o técnico José Mourinho resolvou mudar a Inter para o confronto deste sábado contra o Palermo. A alteração não deu certo e o líder do Campeoanto Italiano apenas empatou em 1 a 1 fora de casa e agora pode ver o arquirrival Milan assumir a ponta da competição se vencer o Napoli no domingo em San Siro. Quem também voltou à briga pelo título foi a Roma, que venceu a Udinese por 4 a 2, em casa, também neste sábado.

Na próxima semana, a Inter tem um jogo teoricamente mais fácil que seu rival. Pega o Livorno em casa enquanto o Milan enfrenta o Parma como visitante. Com 60 pontos, a equipe de José Mourinho tem apenas dois de vantagem sobre o arquirrival. A Roma, com a vitória, vai para 56 a nove rodadas do final do Italiano.

Temendo perder a liderança do Italiano, que ocupou durante quase toda a competição, a Inter visitava o Palermo, mas buscava atuar como se estivesse em casa. Assim criou as duas primeiras boas oportunidades do jogo, com Milito e depois Eto’o. Na terceira, aos 11min, abriu o placar com Diego Milito.

A Inter era muito melhor, dominava a partida e criava uma chance atrás da outra. O Palermo só deu o primeiro chute a gol aos 16min, sem levar perigo. Cinco minutos depois, porém, Miccoli fez boa jogada e assistiu Cavan, que bateu rasteiro para empatar o jogo.

Após o empate, o Palermo equilibrou o jogo, que seguiu dinâmico, agora tendo boas chances para os dois lados. Na segunda etapa, foi a vez de os donos da casa começarem melhor e quase virarem, mas Miccoli perdeu o tempo de bola aos 5min e desperdiçou boa chance de fazer de cabeça.

Convocado para a seleção brasileira pela primeira vez no final de 2009, o volante do Palermo, Fábio Simplício deixou o gramado aos 8min da segunda etapa com um estiramento na coxa. Carregado de maca, o ex-jogador do São Paulo saiu de campo levando a mão ao rosto e aparentemente chorando.

Precisando vencer para não deixar o Milan assumir a ponta, Mourinho mudou a equipe. Tirou Santon e Stankovic e lançou Thiago Motta e Pandev, colocando a Inter com absolutamente a mesma formação que venceu bem o Chelsea no meio de semana pela Liga dos Campeões, com uma linha de quatro atrás, dois volantes, um armador, dois pontas e um centroavante.

Com isso, a Inter cresceu no jogo e voltou a dominar as ações. O Palermo levou cerca de dez minutos para se adaptar na marcação dos visitantes, que, neste período, não conseguiram voltar à frente. Depois, foi a equipe da casa que teve as melhores chances, em contra-ataques, mas, parecendo sem fôlego, não conseguiu virar.

Sobras do Leão.

Em uma de suas piores apresentações no ano, o Sport conseguiu mais uma vitória pelo campeonato pernambucano, ao vencer o Salgueiro por 2 x 1, na Ilha do Retiro, na tarde deste sábado. Os gols foram marcados por Ciro (que chega aos 13 no ano) e Dairo. Vitor Caicó descontou para os visitantes. Com o resultado, o Sport chegou aos 38 pontos no campeonato, abrindo 10 pontos para o Náutico, que fecha a rodada amanhã, jogando o clássico contra o Santa Cruz.

Em uma tarde de pouca inspiração, e mostrando um futebol sonolento e burocrático, o Sport abriu o placar logo aos 9 minutos do primeiro tempo: Dairo recebeu cruzamento do lateral André Luiz e encheu o pé. Indenfensável para o goleiro Luciano: 1 x 0. Depois disso, o que se viu foi um fato que vem se tornando rotineiro no campeonato pernambucano: O Sport segurou o jogo, e nitidamente procurava não forçar o jogo, a fim de se poupar.

Mas o gol de Vítor Caicó, aos 21 minutos, após falha da zaga rubro-negra (o que vem sendo uma constante nessa temporada), colocou a atenção do Sport novamente na partida. O time do técnico Givanildo Oliveira partiu pra cima, mesmo que de forma desordenada. O estreante na lateral esquerda André Luiz subia demais, e a cobertura dos três zagueiros não se mostrava eficiente. Na direita, Eduardo Ratinho teve apenas lampejos de bom futebol. Odair, que substituiu Eduardo Ramos (destaque absoluto no ano ao lado de Ciro) sentiu o jogo de estreia, e limitou-se a um ótimo chute de fora da área.

Aos 41 minutos, após ótima enfiada do prata da casa Kássio, Eduardo Ratinho cruzou para a área e Ciro completou. No segundo tempo, a torcida perdeu a paciência com a nítida intenção do Sport em não forçar o jogo. Atuando basicamente no contra ataque, os jogadores do Sport tentaram ao máximo se pouparem. No final, foi o clássico exemplo de jogo que o que valeu foi apenas o resultado. O Sport segue com uma invencibilidade de mais de 40 jogos no Pernambucano, e mais líder do que nunca.

Hegemonia Inglesa.

É inegável a evolução e o desenvolvimento do futebol inglês dentro da Europa. Atualmente a liga mais rica do mundo, com as maiores e melhores cotas de televisionamento, a Premier League é caracterizada pela organização, pela estrutura organizacional e pela competitividade de seus times. Usando a Champions League como exemplo, o domínio inglês é algo assombroso. Nas últimas 3 Ligas (06-07, 07-08, 08-09), os ingleses mostraram o quão são fortes e copeiros em competições continentais. Contudo, os ingleses ainda não conseguiram extender sua hegemonia até os títulos destas edições.

Na Champions de 2006-2007, três dos quatro semifinalistas eram ingleses. Chelsea e Liverpool fizeram dois jogos históricos, onde o time de Rafa Benitez saiu vencedor. No outro confronto, o Milan despachou o Manchester United, com um show do brasileiro Kaká. No final, em um dos jogos mais emocionantes da história das edições modernas da Champions, o Milan sagrou-se campeão, com Kaká sendo o artilheiro, marcando 10 gols. A influêncio dos clubes ingleses, apesar disso, já era marcante.

Na edição seguinte, em 2007-2008, simplesmente ocorreu uma final inglesa, entre Manchester United e Chelsea, com o time de Sir Alex Ferguson conquistando seu terceiro título na história da competição. Nas semi-finais, mais uma vez três clubes ingleses disputando, e apenas o Barcelona como "intruso". Dessa vez, o principal artilheiro foi Cristiano Ronaldo, quando ainda atuava pelo United, marcando 8 gols, e sendo o principal nome do futebol europeu naquele ano.

Em 2008-2009? Mais três times ingleses entre os 4 melhores da Europa. O United, de novo presente, atropelou o Arsenal, vencendo os dois jogos (1x0 e 3x1) e classificou-se para a final, para encarar o Barcelona, que eliminou o Chelsea. Na final, o Barcelona venceu com autoridade, com gols de Eto'o e Messi.

Esse ano, "apenas" dois ingleses chegaram às quartas-de-final: Manchester United e Arsenal. Vale ressaltar que o Arsanel, até pouco tempo, era considerado carta fora do baralho na disputa da Premier League, mas reagiu e hoje é um dos favoritos, tendo o mesmo número de pontos do Chelsea, e a tabela mais fácil, em teoria, nessas 7 rodadas que faltam para o fim da competição.

Os clubes ingleses cada vez mais são exemplo de força e diferencial na Champions League, ao ponto de Platini, o presidente da UEFA, torcer o nariz para o atual critério de coeficiente de vagas para as competições continentais.

Ele não quer essa supremacia. A culpa é dos ingleses? Coisa de francês mesmo.

Rodada do Pernambucano.

16ª rodada do campeonato pernambucano começa hoje, com 5 jogos. o 6º jogo será o Clássico das Emoções, entre Santa Cruz e Náutico, no Arruda. Hoje o Sport encara o Salgueiro, na Ilha do Retiro, e tenta consolidar ainda mais a liderança. Sem Dutra, Igor e Eduardo Ramos (destaque no ano), o técnico Givanildo promoverá a entrada de André Luiz, Montoya e Odair, respectivamente. O Salgueiro, já garantido na Série D, joga sem peso. Tem remotíssimas chances de classificação para o quadrangular final do estadual.

A dupla de Caruaru, Central e Porto, têm jogos decisivos se quiserem almejar a classificação para o quadrangular. O Central tem 21 pontos, e o Porto 23. Estão a 5 e 3 pontos do Santa Cruz, quarto colocado e último classificado para a próxima fase. O Central, por sinal, protagonizou a maior arrancada do Pernambucano até aqui. Tido como a decepção do ano, o time conseguiu uma grande recuperação, e briga por vaga. Joga contra o Vera Cruz, em Caruaru. Já o Porto encara o Araripina, fora de casa.

Já o Clássico das Emoções definirá quem será o vice-líder do certame. O Santa, apesar da derrota para o Botafogo pela Copa do Brasil, tenta repetir o bom futebol apresentado. E o Náutico, tenta apagar a péssima imagem deixada após seu jogo, quando foi derrotado pelo Vitória-BA, em casa, por 1 x 0, perdendo 4 chances claras de gol, na frente do goleiro.

Rodada cheia!

sexta-feira, 19 de março de 2010

Liga Europa.

Os confrontos das quartas de final da Liga Europa foram definidos nesta sexta-feira. Quis o destino que um clássico espanhol figurasse entre os jogos, com Atlético de Madri enfrentando o Valencia.

Outro destaque do cruzamento é o confronto de times que já foram campeões da Liga dos Campeões. O português Benfica vai ter pela frente os ingleses do Liverpool, comandados por Gerrard e Fernando Torres. Quem avançar, encara um dos espanhóis.

Anfitrião da grande final do dia 12 de maio, o Hamburgo vai para cima do Standard Liege, da Bélgica e pode cruzar com outro alemão nas semifinais. O vencedor desse duelo terá pela frente o vencedor de Fulham x Wolfsburg.

Confira os jogos das quartas de final da Liga Europa:



Quartas de final


1/04; 08/04

Fulham x Wolfsburg

Hamburgo x Standard Liège

Valencia x Atlético de Madri

Benfica x Liverpool


Semifinais

22/04; 29/04

Hamburgo/Standard Liège x Fulham/Wolfsburg
Benfica/Liverpool x Valencia/Atlético de Madri

Palpite? Em negrito;

Duelos imperdíveis na Liga.

E foi realizado o último sorteio desta edição da Liga. Quartas de final, semi-finais e o mandante da final. O caminho é conhecido. Agora é com as equipes, no campo, decidirem os dois que vão entrar no gramado do Santiago Bérnabeu, no dia 22 de maio, para a decisão da Liga 2009/2010.

Lyon x Bordeaux,

Bayern de Munique x Manchester United,

Arsenal x Barcelona

Inter x CSKA.

Estes são os confrontos das quartas. O presidente da UEFA, Michel Platini, realiza parte de seu sonho e coloca times de 6 países diferentes nesta fase da competição, podendo chegar a uma disputa de semi-finais com 4 países diferentes representados.

Meus palpites: seguem na disputa Bordeaux, Manchester, Barcelona e Inter. Os franceses ficaram satisfeitos. Apesar do clássico nacional, o chaveamento poderia ter sido bem pior. O confronto deixa os dois times com mais esperança. Apesar do Lyon ter eliminado o Real Madrid, a fase do Bourdeaux é excelente, e não acredito em maiores dificuldades para o time do brasileiro Wendell. Mas será o jogo mais "água com açúcar" desses confrontos.

Mais satisfeitos que os franceses só mesmo os torcedores Nerazurri. O CSKA era o rival dos sonhos. Mourinho já pode sentir o gostinho da semi. Não acredito em uma zebra tamanha que tire a Inter das semi-finais, principalmente depois do jogo espetacular contra o Chelsea. O CSKA parece o típico caso da equipe que chegou realmente até onde podia. E Júlio César não é Palop.

Nos demais jogos, duas reedições de finais: na temporada 98/99, em partida decidida no finalzinho, o Manchester United venceu por 2 a 1 de virada. O único jogo onde pode ocorrer uma "zebra": São 4 títulos de Liga dos Campeões em campo, e o Bayern tem "camisa", tem peso. Depois de um começo horrível com Van Gaal, a equipe alemã progride a olhos vistos. A melhora é significativa, e isso reflete no campeonato alemão. Será um jogão.

E na edição 2005/2006, o Barcelona bateu o Arsenal também por 2 a 1. O tempo passou mas, pra mim, os vencedores do passado vão seguir vencendo agora. O Arsenal, apesar dos feitos de Wenger, não terá como parar o time de Guardiola.

No sorteio de hoje também foram decididos também os jogos das semi-finais e o mandante da final: os vencedores de Bayern x Manchester – Lyon x Bordeaux fazem um cruzamento de semi e outro será entre os times que passarem nos confrontos Inter x CSKA – Arsenal x Barcelona. O mandante da final será um dos times primeira semi-final.

E você? Palpite!

Acorda, Fossati!

Jogo Aberto.

O Internacional conseguiu o benefício de, mesmo sem ter nenhum outro brasileiro em sua chave, jogar quatro vezes dentro de casa na primeira fase. Três vezes no Beira-Rio e mais uma em Rivera, na fronteira com o estado gaúcho. Se vencesse o Cerro, pequeno, mas aguerrido e bem montado time uruguaio, o Colorado assumiria o primeiro lugar. Empolgada, a torcida transformou o Estádio Atílio Paiva num mar vermelho. Invasão histórica. Não me lembro de tantos torcedores adversários ocupando 80% de uma “cancha” num confronto de Libertadores.

coloradoatilioCom todo respeito, o Internacional, a excelente equipe de Jorge Fossatti, teria que aproveitar essa chance e voltar para casa com os três pontos. Não foi assim. Mas tudo terminou num frustrante 0 a 0, após partida amarrada, cheia de faltas e com poucas chances de gols. O Inter fez cerimônia demais para ganhar uma partida que era dele, na casa dele, diante dos torcedores dele. Errou na estratégia. E continua em segundo lugar, com cinco pontos, a dois do líder, o Cerro.

O Internacional se classificará. Não tenho dúvidas. Ainda terá dois jogos em casa (Cerro e Deportivo Quito) e só sairá uma vez para enfrentar o Emelec, quase eliminado após duas rodadas e duas derrotas. O Cerro tem dois confrontos fora (Inter e Deportivo Quito) e só recebe o Emelec. Ganhando do Cerro no Beira-Rio, o Colorado deve se garantir. O que me incomoda é constatar que o Internacional tem time (e elenco) para mostrar muito mais futebol nessa Libertadores.

educerroNão jogou bem na vitória na estréia (2 a 1 no Emelec). Teve dificuldades em Quito (1 a 1 com o Deportivo). E hoje ficou no 0 a 0 com o Cerro. O time é previsível. Quadrado. Está sem jogadas ensaiadas, variações táticas e improviso. Erra passes demais. Os laterais apoiam pouco. Giuliano e, hoje, D´Alessandro não encostam como deveriam no ataque. Sandro está com a cabeça na lua (ou na Inglaterra). E Edu, bom jogador, não acha sua posição em campo.

Jorge Fossatti precisa sacudir o time. Impor volume, intensidade, movimentação e ritmo ao Internacional. Sinceramente, se o time fosse mais ou menos e limitado, eu não lamentaria o 0 a 0 de Rivera. Mas, por conhecer o potencial colorado, eu jamais entenderei empatar com um pequeno uruguaio diante de um estádio com 25 mil colorados. A razão do inconformismo está na diferença de propósitos na Libertadores: o Cerro é coadjuvante joga como franco atirador. O Inter é candidato ao título. Simples e direto como um 0 a 0 na avermelhada Rivera.

Enfim, o SPFC.

Lédio Carmona

Vitória incontestável do São Paulo, no Morumbi. Sim, os mais chatos podem afirmar que o Nacional (PAR) é ruim, que não ganhou nenhum jogo na Libertadores e tudo mais. Mas a postura do time mudou. Está mais confiante em suas capacidades. E voando. A preparação física do Tricolor é perfeita. Você vê poucos jogadores contundidos, com problemas musculares e etc. E, em campo, está sempre sobrando. Até Leo Lima, sempre contestado fisicamente, está bem e procurando jogo.

É importante lembrarmos que Ricardo Gomes teve pulso. Barrou Marcelinho Paraíba e Cicinho, que não vêm jogando bem, e formou um meio de campo muito equilibrado com Hernanes, Richarlyson, Cléber Santana e Léo Lima, além de Jean na lateral. O meio foi dominado, o que percebemos nos 66% de posse de bola. Marcam e atacam com a mesma eficiência. E o adversário era ideal para isso.

Apesar de se enrolar com a bola no início, o Tricolor achou a vitória com tranquilidade. Aos 29 minutos, ótimo cruzamento de Hernanes e caprichada cabeçada de Dagoberto, encobrindo o goleiro Caffa. Três minutos depois, o segundo gol. Washington mostrou que artilheiro não significa fominha e, de frente para o goleiro, rolou para Leo Lima marcar.

Vitória decretada. Com 32 minutos de jogo. O Nacional pouco fazia. A liderança era Tricolor, que deve se classificar sem muitos sustos.

É importante lembrar que um jogador – já citado- merece um parágrafo particular. Washington. O atacante é sempre rotulado de caneleiro, sem técnica e essas baboseiras. Esquecem os levianos que centroavante está ali para marcar gols. E isso, amigo, Washingtons sempre soube fazer. Então, faltava ele exercer, mais uma vez, sua função. Para, quem sabe, a torcida pegar menos no pé do atacante. Veio aos 9 do segundo tempo, quando Richarlyson se enrolou com o goleiro e a bola sobrou limpa para o camisa 9. Ele não deixou passar.3 a 0. Aplausos merecidos nas arquibancadas. Quem sabe, com um pouco mais de sossego, ele melhore ainda mais seu rendimento.

Fica a impressão da melhora Tricolor. O elenco, mais uma vez, é forte. RG conta com boas peças de reposição. Agora falta uma sequência de bons jogos para que a torcida confie plenamente no trabalho. Com gols de Washington? Tomara.


quinta-feira, 18 de março de 2010

Vôo da águia.

Na cidade de Marselha, o Benfica não poderia terminar os 90 minutos sem marcar ao menos um gol. E ele quase veio aos 24min da primeira etapa, com o paraguaio Cardozo acertando a trave após chute de esquerda da entrada da área. Porém, aos 25min da etapa final, Mamadou Niang aproveitou assistência dentro da área e chutou forte para abrir o placar.

O gol acordou os encarnados, e Pereira deixou tudo igual após arremate de longe que contou com desvio e atrapalhou o goleiro do Olympique. O empate levaria a partida à prorrogação, já que o duelo em Portugal também havia terminado em 1 a 1. Quando o jogo tinha tudo para seguir por mais 30 minutos, o atacante brasileiro Alan Kardec bateu forte de dentro da área, balançou as redes e garantiu a vitória por 2 a 1, além da vaga para as quartas de final.

Na Bélgica, o Panathinaikos (depois de perder por 3 a 1 em Atenas) precisava de pelo menos três gols para reverter a situação. Mesmo assim, saiu atrás no placar aos 45min do primeiro tempo, quando Mbokani marcou para o Standard. Depois, sem forças, não conseguiu reagir e perdeu por 1 a 0, sendo eliminado da competição.

A velha e decepcionante senhora

Depois de vencer por 3 a 1 no jogo de ida, na Itália, a Juventus deu mostras de que avançaria facilmente para as quartas de final da Liga Europa ao abrir o placar logo no primeiro minuto de jogo, nesta quinta-feira, na Inglaterra. Porém, o Fulham se aproveitou do recuo da Juventus após a expulsão de Cannavaro ainda na etapa inicial, reagiu na partida e heroicamente fez 4 a 1 nos italianos, garantindo a classificação.

Já o Werder Bremen, depois de igualdade na Espanha (por 1 a 1), empatou em casa com o Valencia por 4 a 4 e acabou eliminado. Em Marselha, o brasileiro Alan Kardec garantiu a vaga ao Benfica após fazer gol decisivo no final e dar a vitória por 2 a 1 aos portugueses diante do Olympique.

A vantagem que já era considerável a favor da Juventus tornou-se ainda maior logo no primeiro minuto de jogo. Depois de uma bela troca de passes pela esquerda, a bola chegou na direita e depois de cruzamento foi parar nos pés do francês Trezeguet, na entrada da área; o atacante bateu rasteiro, no canto direito do goleiro Schwazer. Assim como o gol relâmpago da Juventus, a reação do Fulham também não demorou.

Depois de cruzamento da esquerda, o atacante Zamora matou a bola no peito já na pequena área e só precisou tirar do goleiro Chimenti para deixar tudo igual. A situação, que estava basicamente controlada pela equipe da Juventus, ficou mais complicada quando Cannavaro fez falta fora da jogada e foi expulso ainda aos 26min da primeira etapa.

Depois de acertar duas vezes a trave do gol da Juventus, o Fulham enfim conseguiu marcar o segundo, com Gera, após cruzamento de Zamora, aos 39min. O resultado ainda garantia a vaga ao time da Juventus, mas um gol do Fulham levaria a disputa para a prorrogação. Com esta motivação, o time da Inglaterra voltou com tudo na etapa final e conseguiu um pênalti logo no início, em bola que bateu na mão do brasileiro Diego dentro da área.

Gera converteu e colocou ainda mais fogo no jogo. Em seguida, o Fulham continuou na frente e o goleiro Chimenti precisou salvar a Juventus em três oportunidades, sendo o grande destaque do segundo tempo. Porém, aos 36min, os italianos não resistiram a um golaço de Dempsey, que encobriu Chimenti e acertou o ângulo direito do gol da Juve e aumentou ainda mais a fase complicada do time de Turim, deixando os italianos sem representantes na Liga Europa.

Assim como a Juve, outro time que não perdeu tempo após o apito inicial foi o Valencia, com o artilheiro David Villa. Aos 2min de partida, o atacante espanhol recebeu na esquerda, invadiu a área e bateu cruzado, na saída de Wiese. O Werder respondeu rápido com Pizarro, que ficou cara a cara com Sánchez, mas tirou muito do goleiro e mandou para a linha de fundo. Do outro lado, o time espanhol, quando chegava, era fatal.

E foi o que aconteceu aos 14min. Mata recebeu belo lançamento de Villa, ficou sozinho com Wiese e só teve o trabalho de tocar no canto esquerdo do gol para ampliar. Precisando de três gols para reverter a situação (já que o jogo de ida, na Alemanha, havia terminado em 1 a 1), o time da casa conseguiu um deles ainda aos 25min, com Hugo Almeida completando cruzamento da esquerda.

Porém, não parecia estar jogando diante de sua torcida, e o Valencia, novamente com David Villa, marcou o terceiro do time espanhol após receber ótimo cruzamento da esquerda, dominar dentro da área e bater de direita para o fundo do gol. Na segunda etapa, o Werder ameaçou uma reação com Frings, que converteu cobrança de pênalti e fez o segundo do time alemão.

A classificação voltou a virar realidade após gol de Marin, que invadiu a área pelo lado direito e bateu cruzado, deixando o Werder a um gol da classificação. Mas Villa estava inspirado e colocou o Valencia novamente em boa vantagem na disputa após chegar cara a cara com o goleiro e chutar no meio do gol. Nos últimos minutos, Pizarro ainda marcou mais um para o Werder, mas não foi suficiente para evitar a queda na competição.

Ê, futebol brasileiro...

Um gramado péssimo em Curitiba, sem qualquer condição para a prática do futebol, foi o principal protagonista do empate do Sport hoje, contra o Paraná, em 1 x 1, pela partida de ida da segunda fade da Copa do Brasil. Sem ter a mínima possibilidade de tramar tabelas ou armar jogadas, os dois times reduziram suas atuações às bolas paradas e chutões. O único lance de perigo que ocorreu com bola rolando, foi o gol do Paraná, logo aos 4 minutos do primeiro tempo, e ainda sim o quique da bola enganou o defensor do Sport.

O gol de empate do rubronegro foi assinalado por Tobi, numa cabeçada, depois do escanteio cobrado por Eduardo Ramos, ainda no primeiro tempo. Ademais, o próprio Tobi foi expulso pelo segundo cartão amarelo, e o que se viu depois daí foi uma pressão absurda do time da casa, que quando ficava sem a bola, abusava das faltas, numa espécie de rodízio, parando todas as jogadas do time de Pernambuco.

O Sport foi o único time pernambuco a conseguir um bom resultado na noite. Santa Cruz e Náutico foram derrotados em casa, de forma injusta, por Botafogo e Vitória-BA, respectivamente. Os times pernambucanos foram mais incisivos durante todo o jogo, mas mostraram o costumeiro e conhecido hábito de perder vários gols claríssimos.

Na rodada, destaque para a vitória da Chapecoense sobre o Atlético-MG, por 1 x 0. E um detalhe importante: Apenas o Fluminense conseguiu eliminar o jogo de volta, ao vencer o Uberaba por 2 x 0. É o nivelamento do excelente futebol brasileiro.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Fênix

Nada de guerra, pontapé ou jejum de Ronaldo. O Corinthians ignorou todos os obstáculos na noite desta quarta-feira para conseguir um ótimo resultado na Libertadores. Atuando no Defensores del Chaco, em Assunção, a equipe brasileira bateu o Cerro Porteño por 1 a 0 com gol do Fenômeno, somou sua segunda vitória no torneio e se isolou ainda mais na liderança do grupo 1.

Após três jogos, sendo dois fora de casa, o Corinthians agora totaliza sete pontos e abre quatro de vantagem para o vice-líder Racing, que nesta quinta visita o Independiente Medellín (dois pontos) na Colômbia, encerrando a terceira rodada da chave. O Cerro, com um, fica em situação complicada.

Se até um empate já era bem visto pelos brasileiros, o triunfo superou as expectativas. E para melhorar, o resultado foi obtido graças a um gol de quem mais estava pressionado para marcar. Ronaldo não estufava as redes havia cinco partidas, igualando sua maior “seca” pelo Corinthians. Mas a fase negra parou por aí. Oportunista, ele anotou seu segundo gol no ano, o primeiro na Libertadores.

A guerra prometida pelos paraguaios também não aconteceu. Tranquilo, o time de Mano Menezes não aceitou nenhuma tentativa de catimba dos anfitriões. Conseguiu tomar poucos sustos atrás e igualou a intensidade física dos rivais.

A partida começou menos faltosa e menos brigada que o esperado pelos brasileiros. As chegadas mais duras no início, inclusive, foram dos corintianos, advertidos com três cartões em poucos minutos (o de Jucilei foi por mão na bola). As defesas dos dois times deram poucos espaços no primeiro tempo.

Os vacilos, no entanto, aconteceram nas bolas cruzadas. Nos dois lados. Elias quase abriu o placar em cruzamento de Roberto Carlos. Zeballos, de cabeça, também chegou perto. O volume de jogo dos dois times foi parecido. O Corinthians ficou recuado sem a bola, formando duas linhas de quatro, mas valorizou a posse da mesma quando a roubou.

Sem encarar um ímpeto ofensivo muito grande do Cerro, aos poucos o time brasileiro se soltou mais no ataque. Tentou, sem sucesso, invadir a área tocando. Mas um dos poucos vacilos dos anfitriões foi suficiente para o Corinthians. E para Ronaldo desencantar. Aos 40min, Danilo desviou de calcanhar cobrança de escanteio e mandou a bola na segunda trave, onde o camisa 9 apareceu como um típico centroavante e estufou as redes.

Foi o fim do jejum de cinco partidas sem gols de Ronaldo. Foi a vantagem no placar que Mano Menezes sonhou para o primeiro tempo no Defensores del Chaco. “O gol foi num momento importante do jogo, no fim do primeiro tempo. Vamos nos recuperar agora e voltar para o segundo tempo para acertar algumas coisas”, disse o Fenômeno à TV Globo.

Na volta do intervalo, Roberto Carlos avisou como seria o posicionamento corintiano na etapa final. “Eu e o Moacir vamos ficar um pouco mais para organizar atrás e tentar matar o jogo com velocidade. Nosso time está bem posicionado”, comentou o lateral-esquerdo.

E foi exatamente o que aconteceu. Com as duas linhas defensivas ainda mais próximas, o Corinthians chamou o Cerro para o jogo já almejando espaços para os contra-ataques. Nervoso, o time paraguaio sentiu a ansiedade da torcida, abusou dos erros e ainda teve expulso aos 37min o falastrão Brítez, que provocara Roberto Carlos antes do jogo.

O segundo gol dos brasileiros para matar o jogo não saiu, mas as investidas do Cerro também não deram certo. Melhor para o Corinthians, líder absoluto do grupo 1 e em boas condições de avançar às oitavas de final.

Fail.

O Flamengo pagou pelos erros na troca de passes e pela noite infeliz dos seus principais jogadores. Com direito a atuação apagada do ‘Império do Amor’ e falha do goleiro Bruno, o Rubro-Negro perdeu por 2 a 1 para o Universidad do Chile, nesta quarta-feira, no Estádio Monumental, em Santiago e deixou escapar também a liderança do Grupo 8 da Taça Libertadores da América.

Com o resultado, o Flamengo, que perdeu a sua segunda partida na temporada (a primeira foi para o Botafogo, pelo Campeonato Estadual), manteve os seis pontos na segunda posição. O novo líder é o próprio Universidad do Chile, que agora soma 7.

A equipe da Gávea voltará a disputar um jogo da competição internacional no próximo dia 7 de abril quando terá pela frente a própria equipe do Universidad do Chile. O jogo será disputado às 21h50, no Maracanã.

"Faltou mais tranquilidade ao time. Ficamos um pouco desatentos no primeiro tempo e eles jogavam no nosso erro. Agora temos de levantar a cabeça para os próximos jogos", disse Adriano ao final da partida.

Logo no começo da partida, o Flamengo deu sinais que não sentiria o ‘tremor’ da torcida do Universidad. Aos cinco, Adriano, meio sem jeito, cabeceou e a bola acertou o travessão do goleiro Conde. Embora a equipe da casa contava com maior posse de bola, o time brasileiro mostrava segurança na defesa.

Na base do toque de bola, o Rubro-Negro tentava se infiltrar na retaguarda da equipe chilena. A cada momento que os jogadores do Flamengo tocavam na bola, vaias estrondosas eram ouvidas no estádio. A esta altura, Adriano voltava muito para buscar o jogo e Vagner Love pouco aparecia.

O Universidad explorava os passes em profundidade, mas a bola não chegava a assustar o goleiro Bruno. Porém, a partir do 33 minutos, a partida melhoraria muito. Vagner Love e Adriano perderam uma chance cada. A ineficiência custou caro. Aos 41, Vargas aproveitou falha da zaga e colocou o time da casa na frente.

A felicidade chilena pareceu que ia durar pouco . Logo no primeiro lance da etapa final, Vagner Love, impedido, recebeu de Adriano. A bola sobrou para Rodrigo Alvim marcar ao cinco minutos. Dois minutos mais tarde, Bruno fez importante defesa. Porém, aos nove, o goleiro falharia no gol marcado por Seymour.

A esta altura, o Flamengo era pressionado e estava mais perto de tomar o terceiro do que empatar. A equipe dava sinais claros de que se abalou com o gol do time mandante, que passou a pressionar ainda mais o gol de Bruno.

Os sucessivos erros de passe do time do Flamengo davam um tom não muito animador para a torcida. O time ‘tropeçava’ nos próprios erros e contava com uma noite infeliz do chamado ‘Império do Amor’. Isto ficou traduzido quando Vagner Love, de frente para o gol inimigo, desperdiçou grande chance.

Embora tenha ensaiado uma pressão na parte final da partida, o Flamengo não encontrou maiores forças para empatar a partida. Já o time da casa passou a tocar a bola e esperar o apito final de Jorge Larrionda.


De assustar.

O Barcelona desta temporada vem sendo muito bem sucedido, com a co-liderança do Campeonato Espanhol, a classificação em primeiro lugar em sua chave na Liga dos Campeões e o título (inédito) de campeão mundial conquista nos Emirados Árabes em dezembro. Mas ainda faltava alguma coisa para aproximar o grupo atual do que conquistou a tríplice coroa em 2008/2009: jogar um futebol que encanta e “assusta”.

Apesar de demonstrar seu excelente futebol em alguns momentos, o Barça jogou mal em boa parte da temporada. O gênio Johan Cruyff chegou a esculhambar o time após a goleada por 4 a 0 (!) no Racing Santander, porque o time foi mecânico e fez o resultado pela qualidade individual de seus jogadores. Mas nesta terça-feira, contra o Stuttgart, o Barça voltou a ser o Barça tríplice campeão (e sem Xavi, machucado).

Com Iniesta fazendo uma organização perfeita no meio-campo, com Yayá Touré aparecendo como um meia-ofensivo muito eficiente, Daniel Alves voando na ponta-direita e Messi mostrando um futebol 100% digno de melhor do mundo. O Barça foi sufocante e jogou uma partida maravilhosa em todos os aspectos. E nem adianta dizer que foi porque o Stuttgart tem um time fraco, pois o Barça enfrentou times tão ou mais fracos e não jogou nem perto deste nível várias vezes. No fim, o 4 a 0 foi pouco.

Pontos:


¢ Muita gente vai falar e com razão: Ibra saiu e com Pedro no ataque o Barça fluiu.

¢ O Bordeaux flertou com o perigo, mas eliminou o Olympiacos por 2 a 1. O jogou chegou a estar 1 a 1, com o time grego tendo chance de fazer o gol que lhe daria a vaga…

¢ Assim, temos os oito que seguem sonhando com o título europeu: Arsenal, Barcelona, Bayern, Bordeaux,CSKA, Inter de Milão, Lyon, Manchester United. Na sexta-feira teremos o sorteio das quartas, com o emparceiramento das semifinais. Você vê ao vivo no Esporte Interativo a partir das 8h da manhã.

¢ Um confronto Inter x Bayern pode ser o diferencial na briga entre Itália e Alemanha pelo terceiro lugar no ranking de coeficiente dos campeonatos nacionais.

Quarta Boleira.

Rodada cheia nessa quarta, pela Copa do Brasil. Apenas um jogo ficou para a quinta (Remo x Santos). A partir daqui, as zebras vão ficando mais raras, e também mais surpreendentes. Os nomes em negrito são os meus palpites, os vencedores.

ASA x Vasco
Votoraty x Grêmio
Corinthians-PR x Ceará
Santa Cruz x Botafogo
São José-AP x Goiás
Sampaio Correa-MA x Atlético-PR
Ponte Preta x Portuguesa
Náutico x Vitória
Fortaleza x Guarani
Chapecoense x Atlético-MG
Atlético-GO x Bahia
Avaí x Coritiba
Paraná x Sport
Uberaba-MG x Fluminense
Paysandu x Palmeiras

Palpitar é bom demais. Destaque para o jogo do Sport, contra o Paraná, do Náutico contra o Vitória e do Atlético-GO e Bahia. Confrontos, em tese, mais equilibrados.

Opine!

terça-feira, 16 de março de 2010

The Special One.

Em mais uma zebra pra derrubar comentarista esportivo e blogueiro, o CSKA classificou-se para a próxima fase da Liga dos Campeões, vencendo o Sevilla por 2 x 1, em Sevilla. Os russos abriram o placar: Aos 38 minutos, Necid se livrou da marcação e bateu com categoria no canto esquerdo de Palop, abrindo o placar para os visitantes. Mas nem houve tempo para comemorações. Apenas dois minutos depois, Perotti recebeu uma bola na pequena área, se antecipou ao goleiro e deixou tudo igual nos primeiros 45 minutos.

O Sevilla voltou para o jogo partindo pra cima. Mas nada que fizesse mudar o panorama do jogo. E logo aos 10 minutos. O japonês Honda cobrou um falta pela direita e o goleiro Palop falhou feio, socando a bola para dentro do gol. Não houve desvio, a bola fez uma curva pra dentro, surpreendendo o goleiro do time de Luis Fabiano que, por sinal, estava visivelmente sem ritmo de jogo. Agora, o Sevilla fica pelo caminho, na maior zebra dessa fase da Liga, principalmente pelo primeiro resultado do confronto. Já no Giuseppe Meazza...

José Mourinho realmente é o cara. Em um dos melhores jogos do ano, a Inter bateu o Chelsea, em Stamford Bridge, por 1 x 0, gol de Samuel Eto'o, e se classificou para as quartas-de-final da Liga. Agora os comandados de Carlo Ancelotti verão, mais uma vez, a competição pela TV. O jogo teve todos os ingredientes de uma clássica decisão: Atuações individuas e coletivas excelentes, como também decepcionantes; emoção a cada lance e polêmicas por parte da arbitragem. Tá achando que só na América do Sul existem árbitros incompetentes?

O jogo começou mesmo antes da bola rolar. José Mourinho divulgou a escalação antes... Com apenas 8 nomes. Tudo para confundir a cabeça de Ancelotti. Funcionou: O time entrou com 3 atacantes. Pandev no lugar de Stankovic, ao lado de Eto'o e Milito, surpreenderam o esquema do treinador italiano, que não contou com Ashley Cole (ainda contundido) e entrou com Zhirkov na esquerda. O russo, por sinal, fez uma péssima partida. O duelo de treinadores era o ponto principal do confronto. Mourinho contra o Chelsea, clube onde aprendeu a ser grande, e Ancelotti contra a Inter, sua eterna rival, desde os tempos de jogador do Milan. O Chelsea confiava na excelente fase que atravessa o meia Malouda, destaque do time nos últimos jogos.

O jogo foi extremamente tenso, e ao mesmo tempo espetacular. A Inter foi melhor durante todo o jogo, salvo por minutos esporádicos de pressão dos Blues. Com atuações fenomenais de Lúcio (anulou Drogba de novo), Cambiasso (organizou demais o meio-campo italiano), Sneijder (melhor em campo, maestro) e Maicon (marcou como nunca!), a Inter foi, desde os primeiros minutos, aplacando o ímpeto do Chelsea, que nunca conseguiu impor seu tradicional ritmo de jogo, quando atua em casa.

As chances foram aparecendo, sempre para a Inter. Aos 33 minutos, Eto'o perdeu uma grande chance, ao errar uma cabeçada, em cruzamento perfeito de Maicon, que John Terry errou o tempo de bola, ao subir e não conseguir cortar. Eto'o, por sinal, não fez uma partida boa individualmente, apesar do gol marcado. Mas em compensação, foi um monstro taticamente, voltando para marcar e ajudando demais o meio campo Nerazzuri. Drogba, mais uma vez sumido, teve apenas uma chance, e foi travado em cima da hora por Maicon, numa bomba de fora da área, que foi desviada pelo pé do lateral brasileiro.

No segundo tempo, o Chelsea voltou tentando sufocar os italianos. Malouda, que decepcionou na primeira etapa, voltou mais incisivo, fazendo tabelas com Anelka e com Zhirkov, quando este acertava algum passe. Aos 20 minutos, mais uma chance clara perdida, dessa vez por Milito, que demorou demais a finalizar. Mesmo caso de Pandev, o pior em campo pela Inter. Nesse tempo, o Chelsea já reclamava - com razão - de dois pênaltis não marcados em jogadas de escanteio. Em ambas, Tiago Motta puxou violentamente o lateral Ivanovic, e o árbitro nada fez.

Aos 33 minutos, o golpe de misericórdia: Em lançamento sensacional de Sneijder, nas costas de Terry e Ivanovic, Eto'o recebe, bota na frente, e enche o pé, rasteiro, no canto direito de Turnbull: 1 x 0. Após isso, Drogba é expulso, em um erro absurdo da arbitragem, que pensou que o marfinense tivesse agredido Tiago Motta. Na verdade, o brasileiro entrou na área atabalhoado e caiu por cima do atacante. Falha grave, a terceira, de uma arbitragem fraquíssima no Stamford Bridge, relembrando, curiosamente, a eliminação do Chelsea diante do Barcelona, quando três pênaltis claríssimos não foram marcados.

Mas a Inter nada tem com isso. A equipe italiana fez uma partida irrepreensível, perfeita. Um jogaço. Jogaço.

E o blogueiro errou os palpites.