O espaço onde a redonda chama a responsabilidade.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Bi-Penta.

O Sport sagrou-se pentacampeão estadual na noite de hoje, na Ilha do Retiro, ao vencer o Náutico por 1 x 0, com gol de Leandrão, aos 28 minutos do primeiro tempo. Com isso, o rubro-negro chegou ao seu 39º título estadual, o que significa maique está mais perto de igualar as conquistas que seus dois maiores rivais, Náutico e Santa Cruz, juntos, que somam 45. A vitória de hoje, mais uma, veio em um jogo recheado de dramaticidade e tensão. Os nervos estavam a flor de pele durante os 90 minutos de futebol. No final, o Leão rugiu mais uma vez, e jogou mais um vice-campeonato para o clube alvi-rubro.

Necessitando vencer o jogo por 1 x 0, 2 x 1, ou por 2 gols de diferença, o Sport entrou com o esquema tático alterado em relação a todo o ano de 2010. O que a torcida e parte da imprensa pediram, se realizou de certa forma. Givanildo Oliveira mudou o esquema para o 4-4-2, com o objetivo claro de tornar o time mais ofensivo, em virtude da necessidade de gols. Isael entrou ao lado de Ricardinho, e ambos ficaram responsáveis pela armação.

Já o Náutico manteve o esqueleto do esquema, com 3 atacantes na frente, com o intuito de repetir o primeiro tempo (e parte do segundo) do primeiro jogo, onde o time havia passado por cima do Sport e feito 3 gols de maneira arrasadora. Rodrigo Dantas, Bruno Menghel e Geílson, municiados por Carlinhos Bala, que se auto-procloamou Rei de Pernambuco, garantiriam o poderio ofensivo do time.

Mas o que se viu foi um jogo de pouquíssima técnica, e de muita pegada, partindo para a violência em alguns momentos. Com o estádio da Ilha do Retiro absolutamente lotado como há algum tempo não se via, o jogo tinha toda a atmosfera de final e de tensão que estiveram ausentes do campeonato pernambucano nos últimos anos. A chuva que caiu, digna do dilúvio de Noé, corroborou para aumentar ainda mais o nervosismo.

O gol do Sport, numa dessas ironias do futebol, começou do contestadíssimo lateral direito Júlio César, que, além de ter feito boa partida e ser aplaudido, deu ótimo lançamento para Ciro. O atacante recebeu e bateu rasteiro, no canto. O goleiro Glédson espalmou a bola nos pés de Leandrão, que conferiu e fez explodir os mais de 33 mil torcedores. Êxtase. Catarse. Explosão.A Ilha do Retiro tinha seus dias de protagonismo de volta.

O que se viu depois disso foi uma pressão desordenada do Náutico, e o Sport pecando nos contra-ataques. No último lance do jogo, falta para o Náutico. Bola rolada para Bala, que, na tentativa de cortar para dentro da área, tem a bola travada por Júlio César, ele de novo. O Sport é pentecampeão estadual. O chamado "campeão de todas as fórmulas". Não adiantou mudar o regulamento.

O Sport venceu. Sobrou na primeira fase, e foi eficiente nas finais. No final, os jogadores rubro-negros passeavam pelo gramado com vestimentas de Rei. Quem é o verdadeiro rei de Pernambuco? O torcedor rubro-negro, que no estadual, está cada vez mais acostumado a ser imbatível.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Finalmente: O Clássico dos Clássicos.

O campeonato pernambucano chegou ao seu momento decisivo. Sport e Náutico farão a final que era tida como óbvia no começo do ano, foi posta em dúvida no decorrer da competição, em virtude da evolução do Santa Cruz, e agora confirma-se depois das semi-finais. O Sport não teve dificuldade em eliminar o Central. Venceu os dois jogos. O primeiro, em Caruaru, por 3 x 0, lhe deu uma vantagem descomunal para o jogo de volta, na Ilha do Retiro, que aconteceu hoje.

O sentimento era presente de que apenas uma catástrofe tiraria o Sport das finais. Tanto foi verdade que a sempre presente torcida do Sport compareceu em número bem baixo ao estádio, na noite de hoje. Pouco mais de dez mil pagantes viram a vitória dos comandados de Givanildo Oliveira por 1 x 0, golaço do prata da casa Levi. A torcida do Central compareceu em número ainda menor: Apenas um torcedor centralino esteve presente às dependências da Ilha.

Saindo com tudo para o ataque nos primeiros minutos, o time de Caruaru assustou o Sport em lances pontuais, mas a defesa rubro-negra esteve bem durante todo o jogo. O trio formado por César, Igor e Tobi segurou as investidas do time adversário, e Magrão, quando exigido, mostrou a frieza de sempre. Na frente, os jogadores do Sport, principalmente Ciro e Eduardo Ramos, foram muito atrapalhados pelas condições deploráveis do gramado da Ilha. Eduardo, por sinal, reclamou abertamente no intervalo. No segundo tempo, o Sport manteve a regularidade, tendo o jogo sob controle, e perdendo gols.

Coube ao prata da casa Levi, volante, que entrou no lugar de Daniel Paulista, que se sentira mal na noite anterior, marcar o gol do jogo, um petardo colocado. O Sport confirma o favoritismo e está na final.

Nos Aflitos, o Náutico mostrou, além de um preparo físico muito superior, maior organização em campo, e venceu o Santa Cruz por 1 x 0. Gol de cabeça de Carlinhos Bala, após ótima jogada de Zé Carlos pela esquerda. O time do técnico Alexandre Gallo foi superior desde os primeiros minutos de jogo, buscando o tempo todo o resultado. O resultado de 0 x 0 levaria o jogo para os pênaltis. Qualquer empate com gols, classificaria o Santa.

Tendo uma série inacreditável de gols perdidos pelos atacantes Geílson e Rodrigo Dantas, o Náutico levou aflição à torcida da casa. O Santa Cruz parecia impotente, como se tivesse chegado ao seu limite técnico e físico. Nem de longe foi o time que eliminou o Botafogo da Copa do Brasil. Sem ação para sair do bem armado sistema defensivo do Náutico(partidas soberbas dos volantes Hamílton e Ramires), o time do Santa se viu impotente. Mesmo quando quis pressionar, com o placar já marcando 1 x 0, o time do jovem e promissor Dado Cavalcanti não teve êxito.

O que pode caracterizar o time do Náutico é a evolução, principalmente no quesito físico. O time engoliu o Santa Cruz na disposição, fruto da semana de treinamento promovida por Gallo, que enfocou nesse aspecto, problema conhecido desde rodadas anteriores do campeonato.

Agora, tudo pronto. Domingo, nos Aflitos, e quarta, na Ilha do Retiro, o pernambucano irá se decidir. O Náutico tentará a todo custo impedir o pentacampeonato do Sport. O rubro-negro tem a vantagem de decidir em casa. Clássico das emoções, para definir o Frevão de 2010.

domingo, 25 de abril de 2010

O Frevão esquenta!

O Clássico das Emoções deste domingo, no Arruda, pela primeira partida de uma das semifinais do Campeonato Pernambucano, o placar terminou sem gols e com muita marcação. No segundo tempo da partida, o jogo fluiu um pouco mais solto, com uma leve vantagem pro time do Santa Cruz, já que Brasão conseguiu partir mais para cima da defesa alvirrubra, mas não foi feliz nas finalizações.

Apesar de nenhum dos dois times ter achado ruim um empate em clássico nas semifinais do campeonato, a ausência de gols favorece o Santa Cruz por causa do regulamento, que valoriza os gols fora de casa, assim como acontece na Copa do Brasil.

Em ambas as equipes, os destaques na partida deste domingo foram os defensores. As duas equipes acertaram a marcação e não deixaram os atacantes e meias ofensivos se destacarem na partida.

Do lado alvirrubro, Geílson e Bruno Meneghel jogaram mais soltos que Carlinhos Bala. No primeiro tempo, Meneghel teve as melhores oportunidades. Aos 13 minutos, ele chutou forte para defesa de Tutti. Aos 22, perdeu um gol feito, após lançamento de Carlinhos Bala. Em seguida, Gilberto Matuto cobrou falta para boa defesa de Glédson.

Durante boa parte do segundo tempo, o Santa pareceu estar mais perto de abrir o placar. Brasão conseguiu penetrar mais na defesa do Náutico, mas não acertava a finalização.

Até antes de Daniel se machucar, o Náutico levava vantagem pela lateral direita, em cima do lateral esquerdo do Santa, Marcos Mendes.

Aos 11 minutos, Bala teve boa oportunidade de fazer 1 x 0 após um bom lançamento de Geílson, mas o meia chutou pra fora. No contra-ataque, aos 23 minutos, Brasão entrou com tudo na área, mas também atirou pra fora. Em nova oportunidade de Brasão, aos 26 minutos, Diego Bispo conseguiu impedir e colocou pra linha de fundo. O Santa também teve oportunidade a partir de Tiago Laranjeira, mas Glédson fez boa defesa. Aos 42 minutos, Zé Carlos chuta forte, mas a bola passa à esquerda do gol de Tutti.

Em Caruaru, o Sport venceu o Central por 3 x 0 (gols de Júlio César, Ciro e Eduardo Ramos) e deu um grande passo rumo a final do campeonato. O jogo de volta das semifinais será na próxima quarta-feira (28), nos Aflitos. Já o Sport enfrenta o Central na Ilha do Retiro, no mesmo dia.

Apesar do começo claudicante nos primeiros minutos da primeira etapa, o Sport mandou no jogo na maioria das ações. Encarando o jogo como decisivo após o revés na Copa do Brasil, o time rubro-negro entrou determinado a tirar uma boa vantagem na casa do Central.

Júlio César, lateral direito bastante massacrado pela torcida, fez um dos melhores jogos com a camisa do Sport, e deixou sua marca. Ciro, que também não marcava há vários jogos, conclui após cruzamento pela esquerda. Eduardo Ramos, anulado nas duas partidas contra o Atlético-MG, voltou a aparecer, marcando num chute cruzado.

Agora, o Sport tem o jogo de volta, e salvo uma catástrofe, espera o resultado do clássico das emoções. O pernambucano se encaminha para o fim.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Sport fora da Copa do Nordeste.

O presidente do Sport, Sílvio Guimarães, decretou hoje que, nos moldes atuais, o time pernambucano está fora da disputa da Copa do Nordeste de 2010. A competição, que foi organizada em "regime de urgência", com reuniões periódicas ocorrendo quase que toda semana para definir cotas e direitos de transmissão, não seduziu o mandatário do Sport. A cota proposta para cada clube na competição, que se iniciará, em tese, no dia 9 de Junho (dois dias antes da Copa do Mundo), é de R$500 mil reais, abaixo dos R$750 mil da edição anterior, realizada em 2001.

O fato é que a organização da Copa do Nordeste-2010 é mais um exemplo da falta de gerência geral que ocorre no futebol do nordestino. Uma competição que já deu várias mostras de ser extremamente rentável, e de alimentar a sadia rivalidade dos clubes da região, não pode ser organizada de uma forma tão precipitada como foi feita. Prova disso é que a competição desse ano terá datas reservadas para as finais nos meses de Novembro e Dezembro, nas datas da Copa Sul-Americana, tornando a competição desgastante e longa.

Por enquanto, apenas o Sport declarou estar fora. Não se sabe outro clube entrará em seu lugar (foi sugerido o nome do Central, de Caruaru, para a vaga do time rubro-negro) ou se a competição será realizada sem o mesmo. O período do meio do ano será muito importante para o time do Sport no decorrer do ano. Com a parada para a Copa do Mundo, o time realizará uma inter-temporada, visto que teve apenas nove dias para preparação física e técnica no mês de Janeiro, graças ao estapafúrdio calendário do estadual.

Além disso, está sendo articulada, ainda sem confirmação, a reforma total do gramado da Ilha do Retiro, um dos piores entre os grandes clubes brasileiros, e motivo de seguidas reclamações até dos próprios jogadores do Sport. Esses projetos, aliados a baixa cota destinada ao clube, fizeram Sílvio Guimarães optar por não participar. O desejo é que em 2011 a competição seja melhor organizada, e aí sim o Sport confirmará presença.

A volta do mais disputado e competitivo campeonato da região Nordeste não pode ser feita do jeito que está sendo. Os clubes precisam valorizar a competição e, antes de tudo, serem valorizados. O caminho não está sendo esse.

domingo, 18 de abril de 2010

Vai começar o Campeonato Pernambucano!

Finalmente terminou a irritante e tediosa do campeonato pernambucano. Enquanto outros estaduais já têm seus campeões, o "Frevão 2010", um dos piores estaduais dos últimos anos, definiu hoje as duas partidas das semi-finais, na última rodada, que proporcinou dois fatos interessantes: A queda da invencibilidade do Sport, diante do Náutico, nos Aflitos, e não classificação da Cabense para a próxima fase, tendo sido o quarto time do campeonato durante 95% da competição.

O técnico do Sport, Givanildo Oliveira, poupou os principais jogadores para o clássico contra o Náutico. Já Alexandre Gallo entrou com força máxima, criando uma situação exatamente oposta ao clássico do "primeiro turno". Jogadores como Ciro, Eduardo Ramos e Dutra não jogaram, visando o confronto contra o Atlético-MG, na quarta-feira, pela Copa do Brasil. Já o Náutico precisava vencer para confirmar a segunda posição (disputada com o Santa Cruz) para ter a vantagem de decidir a semi-final em casa. O Timbu venceu por 2 x 0, e agora pega o Santa Cruz.

O clássico, assim como as últimas rodadas do campeonato, não valiam nada para o Sport. O jogo foi de pouco público, se comparado com os embates anteriores entre os dois times. O principal mote do jogo foi a queda da longa invencibilidade do Sport, de mais de 45 jogos. Depois de um primeiro tempo em que o Sport foi superior, com Leandrão perdendo gol em cima de gol, o Náutico marcou de pênalti, com Carlinhos Bala, logo no primeiro minuto da segunda etapa. No lance, Isael, do Sport, foi expulso, e o Náutico mandou no restante do jogo. O segundo gol foi uma consequência, marcado por Bruno Menghel.

A Cabense, que era a grande sensação do campeonato ao longo das rodadas, saiu do G4 logo na última rodada, ao empatar com o rebaixado Vera Cruz, em casa. Um resultado surpreendente. A vaga ficou com o Central, que protagonizou uma recuperação impressionante ao longo do estadual, e confirmou a vaga hoje, ao vencer o outro rebaixado, o Sete de Setembro, fora de casa, por 2 x 0.

Agora as atenções se voltam para o dia 25 de Abril, quando começam as semi-finais. Sport x Central e Náutico x Santa Cruz. O pernambucano terá, enfim, alguma emoção. A torcida agredece, depois de tanto tempo. Bem vindos ao campeonato pernambucano de futebol!


sexta-feira, 16 de abril de 2010

Igor, zagueiro do Sport: "Tenho certeza que a Ilha vai ferver."

Apenas esperando a fase de grupos do campeonato pernambucano terminar, o Sport tem o clássico desse domingo, contra o Náutico. Se para o alvi-rubro o jogo ainda vale a confirmação do segundo lugar, para poder decidir a semi-final em casa, para o time do técnico Givanildo Oliveira o jogo serve como um apronto para - até agora - a partida mais importante do ano, na quarta-feira, contra o Atlético-MG, pela Copa do Brasil. invicto há mais de 40 rodadas no estadual, o Sport vem cultivando uma relação especial com a outra competição, a qual foi campeão em 2008.

Existe competições que, quando são lembradas ou mencionadas em rodas de conversa, de imediato se associa alguma equipe específica. É assim com São Paulo e Boca Juniors, quando se fala em Libertadores. É assim com o Manchester United e determinados gigantes europeus, quando se fala em Liga dos Campeões. E vem sendo assim com o Sport, quando se fala em Copa do Brasil.

Estando em Recife e andando pelas ruas, é perceptível a excitação e ansiedade dos torcedores rubro-negros, quando se fala na competição nacional. A diretoria, sabendo disso, fez uma promoção nos ingressos, com o intuito de lotar novamente a Ilha do Retiro na quarta, com ingressos de estudante a 10 reais, e arquibancada a 20. A intenção é refazer a fama do estádio, que ficou conhecido pelas mais diversar alcunhas em 2008, como "Ilha de Lost", "Bombonilha" e muitos outros.

Os torcedores aguardam o jogo com muita expectativa, e a confiança parece intacta depois do resultado do jogo do Mineirão. As lembranças de um título que parece inesquecível sempre voltam. Fugindo de comparações com o time e a atmosfera que foi criada em 2008, a torcida parece querer apenas um empurrão do time para que a mística do Sport na competição seja retomada. Diversos grupos de torcedores já organizam a compra de fogos, piscas e os mais diveros artifícios para fazer uma festa bonita.

O título de 2008 devolveu uma confiança à torcida que há muito tempo estava restrita apenas ao âmbito estadual. A digna participação na Libertadores do ano seguinte, corroborou esse fato. Nem o caos administrativo e de vaidades que aplacou o clube depois da desclassificação da competição continental abalou a força da torcida no time.

Se no estadual o Sport joga praticamente dormindo, na Copa do Brasil, o time vai realmente ser testado. E a torcida, também.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Messi.

Não existe mais nenhum adjetivo ou classificação que consiga conceber o que Lionel Messi vem jogando pelo Barcelona. Sua habilidade, eficiência e objetividade escapam a qualquer análise clichê e óbvia de futebol. E quando se joga no melhor time do mundo, isso fica ainda mais evidenciado. Não sei para quem a relação entre Messi e Barcelona é mais benéfica. O fato é que Messi é, de fato e de direito, o melhor jogador do mundo, estando anos-luz à frente do segundo colocado. E é um melhor do mundo como há muito não se via. Ele é simplesmente colossal, espetacular, fantástico.

O Barcelona se recuperou rapidamente do susto que foi o primeiro gol do Arsenal, marcado por Bendtner, após bola roubada por Diaby e cruzada por Walcott. Recuperou-se com uma bomba de Messi, batendo de fora da área, após bobeada do péssimo Silvestre. A partir daí, deu-se o último suspiro dos gunners. O esfacelado time do Arsenal, com mais de meio time lesionado, até tentou impor uma marcação eficiente, mas, pelo menos hoje, era impossível.

Messi continuou destruindo, e virou o jogo após excelente assistência de Pedro. O argentino meteu por cima de Almúnia, num toque de classe, e virou a partida. O Camp Nou já explodia em festa, e a cada gol do argentino, a torcida o reverenciava. O terceiro gol foi mais uma obra prima. Recebendo bola enfiada em profundidade, Messi esperou o goleiro do Arsenal se definir. Quando o mesmo dobrou os joelhos, o argentino tocou por cobertura. 3 x 1.

O Barcelona, no segundo tempo, começou claramente a se poupar. Tentando tocar mais bola e fazendo o time do Arsenal correr. Mas a torcida empurrava o time pra frente, e Messi, mais uma vez, recebeu passe da direita, chutou, pegou o próprio rebote e meteu no meio das pernas de Almúnia.

Não se pode dizer que o Arsenal foi humilhado. O Arsenal viu o melhor time do mundo fazer o que sabe, e testemunhou mais uma exibição assombrosa de Messi. Com 22 anos, o atacante argentino já tem história no futebol. Ganhou tudo o que podia no seu clube, e parte para a Copa do Mundo como o maior destaque da competição. As comparações com Maradona continuam, e são completamente justas.

Sendo tão jovem, ele pode mesmo superar o maior jogador da história da Argentina. Talento tem demais. Próximo sábado tem o maior clássico de clubes do mundo: Real Madrid x Barcelona. Cristiano Ronaldo contra Messi. Um jogaço, de um craque, contra um gênio.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Dois dias de Decisão.

Henrique Marques

Terça e quarta. Esses dois dias desta semana serão muito mais que emocionantes! O resultado de qualquer uma das equipes envolvidas na Liga dos Campeões pode ser definitivo para o futuro dos clubes não só na Liga, mas no que resta da temporada nos campeonatos nacionais.

O grande jogo, sem dúvida, é Barcelona e Arsenal. O 2 a 2 no Emirates foi incrível e mesmo sem Fábregas o Arsenal crê que pode conseguir a classificação. Improvável. No final de semana comentei o jogo dos Gunners contra o Wolverhamtpon e fiquei impressionado com a dificuldade do time em fazer gols. Cheguei a pedir a entrada do Bendtner (sim EU pedi isso) e foi ele quem acabou marcando o gol único do jogo. E gols é o que o time mais vai precisar nesse confronto. Do outro lado a confiança do melhor time do mundo e ainda a presença de Messi fazem do Barça amplo favorito. Puyol fora? Pra mim é reforço!

Começando por Manchester o baque foi triplo: derrota de virada para o Bayern, a lesão de Rooney e mais uma derrota no clássico contra o Chelsea. Pela primeira vez ficou claro para o time de Sir Alex Ferguson que a temporada pode terminar sem nenhum dos dois títulos mais importantes que o time disputa. Mais ainda, todos nós vimos que o esquema dos Diabos Vermelhos chama-se Wayne Rooney! A falta que ele faz aos companheiros é gritante! Na Inglaterra os jornais dizem que o atacante pode pintar no jogo depois de uma mega, ultra, super, relâmpago recuperação. Será?

Já em Munique, tudo mudou! Depois de duas derrotas no campeonato alemão que afastaram o time da liderança e geraram desconfiança para o duelo contra o Manchester, o time conseguiu virar o jogo. Não só contra o Manchester United, mas no alemão também. A vitória em cima do Schalke 04, fora de casa, foi fantástica e elevou ainda mais o moral do time. Pra completar, Robben está relacionado para o jogo.

No duelo de franceses a coisa está bastante complicada para o Bordeaux. Depois da derrota no primeiro jogo, o time ainda perdeu em casa para o Nancy pelo campeonato francês. Pior ainda, o placar de 3 a 1 contra obriga o time a atacar, e esse é o fundamento mais fraco do time. Já o Lyon, que pelo francês venceu o Rennes fora de casa, está bem mais tranquilo. Nem a ausência de Lisandro López, suspenso, deixa o time tenso. O fato de não precisar atacar desesperadamente tranquiliza tudo, mas é bom ficar atento.

Pra fechar, Inter e CSKA. Antes um comentário: depois de todos os escândalos, Balotelli foi relacionado. Não concordo. Acho errado. Dentro do meu senso de profissionalismo ele excedeu todas as barreiras! Bom, tirando isso, sinal de alerta para os italianos. O CSKA não tem nada demais, mas a Inter fez apenas 1 a 0 no jogo em casa. Acho a zebre improvável mas não impossível.

domingo, 4 de abril de 2010

3 Momentos distintos em Pernambuco.

No campeonato pernambucano, os jogos desse domingo de páscoa dos times da capital mostraram bem os momentos distintos que vivem Náutico, Sport e Santa Cruz.

O Náutico está perdido. Foi à Vitória de Santo Antão, jogar contra o time da casa, e acabou saindo derrotado por 3 x 2, com o gol do Vitória sendo marcado no último lance da partida. O Timbu sofre demais pela falta de regularidade e de padrão de jogo. Depois da humilhante goleada sofrida perpetrada pelo Vitória-BA no meio de semana, o Náutico apostou suas atenções no pernambucano, onde no começo dessa rodada era více-líder, 10 pontos atrás do Sport.

Depois de um primeiro tempo onde o time do interior mostrou-se mais organizado, e o Timbu perdendo chances claras de gol com Geílson e Rodrigo Dantas, o castigo veio aos 8 minutos da etapa complementar: O bom lateral direito Suelliton cruzou, e Jadílson marcou de cabeça. 10º gol do atacante, ex-Sport. O Náutico se lançou ao ataque de forma desordenada, e chegou ao empate com Dinda, completando após rebote do goleiro, no chute de Rodrigo Dantas.

A pressão do Timbu aumentou, e a virada aconteceu com o zagueiro prata-da-casa Diego Bispo, completando bola alçada na área. A essa altura, o Náutico ainda sim esteve longe de apresentar um futebol convincence. O técnico Alexandre Gallo optou por improvisações na lateral e no meio, após a péssima apresentação pela Copa do Brasil. Tanto é verdade, que o Vitória continuou bem postado em campo, e chegando ao empate de pênalti, convertido por Sandro Miguel, com paradinha.

Aos 47, quando tudo parecia terminado, um lance genial. O lateral direito Suelliton acreditou numa bola esticada, e deu um drible sensacional e, Geílson, na linha de fundo. Depois, só levantou na área, para Jadílson marcar seu 11º gol. Fase péssima do Náutico, que precisa urgentemente se encontrar. A Série B está aí.

O Sport confirmou o primeiro lugar antecipado da malfadada primeira fase, ao vencer a Cabense, atual 4ª colocada, por 3 x 1. O jogo marcou o jogo de número 200 do lateral Dutral pelo Leão. Os destaques Ciro e Eduardo Ramos não estiveram em campo, por suspensão e contusão, respectivamente. Os gols foram marcados por Leandrão (2 vezes) e Júlio César, de pênalti. Flávio descontou para a Cabense.

O rubro-negro não teve dificuldades em nemhum momento da partida, e continua em um bom momento, chegando a uma invencibilidade de 46 partidas no estadual. Após a classificação para as oitavas da Copa do Brasil, o Sport chega a 47 pontos, e abre 12 para o novo vice, o Santa Cruz, que tem 35. Vale ressaltar: O rubro-negro contratou o ex-Gremista Pedro Júnior para o ataque.

No interior, o Santa Cruz confirmou a boa fase ao vencer o difícil Ypiranga por 2 x 0. Os gols foram marcados por Gilberto Matuto e Joélson. As dificuldades que o Santa Cruz enfrentou nos primeiros 45 minutos eram esperadas. O Ypiranga soube marcar forte as principais peças do Tricolor. E o que se viu foi um duelo muito equilibrado.

No segundo tempo, o Santa conseguiu tocar melhor a bola, variar as jogadas e atuar de forma mais objetiva. A postura da equipe deu resultado logo aos 11 minutos. Após jogada de Dedé, Joélson estufou as redes do time da casa. O time do Ypiranga sentiu o gol e perdeu o rumo. Gilberto Matuto, minutos depois, aproveitou o rebote de Joelson e fechou o placar.

A 3 rodadas para o fim do PE, os grandes vivem momentos singulares. Supremo, o Sport aguarda os adversários. O Náutico tenta se recuperar a tempo. E o Santa vive um momento que há muito estava esquecido.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

História em 3 cores.

O Santa Cruz, aquele mesmo que protagonizou campanhas vexatórias nos últimas anos no cenário nacional; aquele mesmo que nem classificado para a Série D do campeonato brasileiro está ainda; aquele mesmo que tem uma torcida enorme e apaixonada, mas que vem sendo massacrada por gestões pífias e incompetentes; aquele que é motivo de piada para os torcedores rivais, e que é lembrado positivamente apenas num passado distante, como se fosse filme antigo.

Esse time fez sua torcida sorrir hoje, em uma vitória épica contra o Botafogo, em pleno Engenhão, por 3 x 2. O resultado fez o Santa se classificar para a próxima fase da Copa do Brasil, onde enfrentará o Atlético-GO. Já o Botafogo fez uma partida fraquíssima, errou tudo que poderia errar. O Santa ainda perdeu um pênalti, defendido por Jefferson.

O Santa abriu o placar em uma falha grotesca do goleiro Jefferson. Léo, volante que vem sendo a grande revelação do Santa Cruz nesse início de temporada, mandou um chute do meio da rua, e o goleiro do Botafogo aceitou. 1 x 0. E o jogo iria para os pênaltis. Mas muita coisa vinha por aí. O Botafogo sentiu o golpe, e o Santa mandava no jogo. O tricolor quase ampliou com Brasão, mas o arqueiro alvi-negro fez boa defesa. Depois de ser pressionado, o Botafogo empatou aos 20 minutos, com Herrera, após ótima troca de passes de Loco Abreu com Lúcio Flávio.

Como no primeiro jogo, as falhas nas finalizações atormentaram o Santa Cruz. Diversas chances perdidas, e a torcida que compareceu ao Engenhão arrancava os cabelos de raiva. Aos 25 minutos, enfim o ídolo apareceu. Brasão, o midiático atacante, recebeu dentro da área, girou e bateu. Gol tricolor. O jogo ficou totalmente aberto, com o alvi-negro carioca indo pra cima de forma desesperada, buscando o gol, e parando nas boas defesas do goleiro Tutti. Aos 40 minutos, explosão carioca. Loco Abreu resvalou de cabeça e a bola sobrou para Herrera, que mandou para o fundo da rede: 2 a 2.

Aos 45 minutos, a história: O treinador Dado Cavalcante deixou o Santa com 4 atacantes em campo. Deu resultado. Após bate-rebate na área, a bola sobrou para Souza marcar, e dar felicidade para uma torcida tão machucada, mas que nunca deixou de apoiar o Santa. O tricolor pernambucano fez história, e mostra que o futebol de Pernambuco sobrevive, apesar de tanta incompetência.

A preciosidade belga.

Rodando por sites especializados em futebol do velho continente, encontrei diversas referências a um atacante que vem despertando interesse dos monstros milionários europeus, tais como Chelsea, Manchester United e Real Madrid. Trata-se do atacante belga Romelu Lukaku. O jogador, que tem origem congolesa, tem apenas 16 anos de idade e foi (o mais jovem) artilheiro da temporada regular do campeonato nacional, com 16 gols em 28 jogos, e já começa a ser comparado com Drogba. Ainda nas divisões de base do Brussels, clube da Bélgica, quando tinha apenas 15 anos, colocou a bola nas redes adversárias por 26 vezes em 17 jogos.

O atacante mede 1,90m e pesa 94 quilos, inclusive já tendo sido convocado para a seleção belga pelo treinador Dick Advocaat. Nascido na Autuérpia, Lukaku destaca-se por fugir do porte comum a jogadores de sua estatura e peso. Mesmo tendo uma força física significativa, o jogador possui muita habilidade com os pés. A amostra disso é que boa parte de seus gols no campeonato belga foram marcados através de jogadas individuais.

Wenger, treinador do Arsenal, conhecido por todo o mundo do futebol como descobridor de talentos, acompanha Lukaku desde as divisões de base do Anderlecth, de 2006 até 2009. É mais um talento que parece não irá demorar a se tornar uma estrela do futebol do velho continente. Forte, decisivo, habilidoso. Romelu Lukaku pode ser o próximo.


Pernambuco na Copa do Brasil.

A noite dos pernambucanos na Copa do Brasil foi muito diferente. Sport e Náutico entraram em campo tentando definir suas classificações. O Sport jogou em casa contra o Paraná, e o Náutico viajou para a Bahia, onde enfrentou o Vitória. Nos primeiros jogos, os comandados de Givanildo Oliveira arrancaram um empate em 1 x 1, e tinham certa tranquilidade na partida de hoje. O Náutico partiu em situação muito mais difícil, pois perdeu em casa por 1 x 0, e tinha que reverter a situação no estádio do Barradão.

O Sport fez uma partida abaixo de sua média no ano, mas venceu por 1 x 0 e carimbou o passaporte para a próxima fase do torneio, gol marcado pelo contestadíssimo zagueiro Dirley, após levantamento de Eduardo Ramos, no primeiro tempo. Em um jogo típico de série B, Sport e Paraná protagonizaram uma partida com muitas faltas e pouca inspiração. Pelo lado rubro-negro, os jogadores sentiram o cansaço, proveniente do clássico contra o Santa Cruz, no último final de semana. Ciro e Eduardo Ramos, destaques absolutos do Sport neste começo de ano, estiveram apagados, principalmente o jovem atacante.

Já pelo Paraná, o lateral direito Jefferson foi o destaque, com muitos dribles e jogadas de linha de fundo, dando trabalho ao experiente Dutra, do Sport. O time paranaense ainda desperdiçou um pênalti, logo aos 6 minutos de partida, mas João Paulo carimbou a trave de Magrão. No fim, os pontos positivos foram o resultado e a torcida, que voltou a colorir a Ilha e levar o time pra frente.

Já o Náutico foi massacrado pelo Vitória, com uma derrota inapelável por 5 x 0. E poderia ser mais, se o time baiano não tivesse perdido três penalidades durante a partida. O time passa por uma grave crise técnica e psicológica, não empolgando de forma alguma a sua torcida nem no campeonato estadual, onde ocupa a segunda colocação, dez pontos atrás do líder Sport.

Os problemas do time alvi-rubro são conhecidos: Falhas constantes na formação do elenco para a temporada, com a quantidade de jogadores contratados sendo sobrepujante à qualidade dos mesmos. Jogadores como o atacante Geílson, que foi contratado ainda por sua boa passagem pelo Santos, em 2004, e que segue decepcionando, ou Zé Carlos, ex-Botafogo, e que foi expulso hoje, por agressão, demonstram a total falta de estrutura psicológica e física da equipe.

O Náutico demitiu o treinador Guilherme Macuglia após 10 jogos, e trouxe Alexandre Gallo. Hoje foi o 11º jogo de Gallo no comando no Náutico, e o aproveitamento é ainda pior. O Náutico precisa de uma reformulação de forma gritante. Apesar disso, uma mudança de mentalidade seria muito mais saudável e produtiva do que mandar o caminhão de jogadores que foram contratados em Janeiro embora.

quarta-feira, 31 de março de 2010

O futebol agradece.

Jogaço no Emirates Stadium. Barcelona e Arsenal protagonizaram um exemplo de futebol ofensivo, repleto de variações táticas e alternativas. O Arsenal com seu time de desfalques no departamento médico, e o Barcelona apenas sem Iniesta, que vem fazendo muita falta no meio de campo catalão. Nada disso fou sucifiente para diminuir o brilhantismo do jogo. O Barcelona teve dez chances claras de gol, e foi parado em um incomum dia inspirado do goleiro Almúnia, que vinha muito mal nos últimos jogos. Já os ingleses tiverem quatro boas chances. Um 2 x 2 que pode premiar o futebol bonito, a eficiência, a ofensividade. O que cada um quiser. O fato é que os 60 mil torcedores que estiveram no Emirates não têm do que reclamar.

No primeiro tempo de jogo, em especial até os 25 minutos, foi possível presenciar um dos maiores massacres que já existiram em um campo de futebol, durante uma partida entre times de alto nível. O Barcelona sufocava o Arsenal de maneira impiedosa, absoluta, gigantesca. Os Gunners se seguravam como podiam, sendo salvos, quem diria, pelo contestado goleiro espanhol, que defendeu ao menos 6 bolas quase que à queima roupa. Ibrahimovic perdeu muitas chances, além do próprio Messi, que hoje esteve abaixo de sua - astronômica - média. O Arsenal dava pena. Não conseguia passar do meio campo, e quando conseguiu dar seu primeiro chute a gol, com Nasri (melhor em campo dos Gunners), aos 26 minutos de jogo, a torcida vibrou como se fosse gol.

Aos poucos, um parco equilíbrio existiu. Mas nada que se pudesse discutir. O Barcelona desperdiçou a oportunidade de sair com uma das maiores goleadas da história recente da Liga dos Campeões.

No segundo tempo, aos 50 segundos, as 10 chances perdidas transformaram-se em um golaço. Ibrahimovic recebeu ótimo lançamento de Piqué e meteu por cobertura, sem qualquer chance para mais um milagre de Almúnia. O Arsenal resistira por tanto tempo, mas de nada adiantou. 1 x 0. O segundo tempo comeraça exatamente como o primeiro, com uma pressão colossal do Barcelona. Aos 13 minutos, passe milimétrico para Ibra, que recebe, põe na frente, e fuzila, no alto esquerdo de Almúnia. A classificação estava encaminhada.

Aos 21 minutos, o destino do Arsenal começa a mudar: Wenger demorou, mas tirou Sagna para colocar Walcott. A esperança inglesa na Copa entrou muito bem, e em 6 minutos em campo, descontou. Bendtner achou bem a infilitração do garoto, que tocou por baixo de Valdez. Explosão no Emirates. 2 x 1. O jogo ficou completamente aberto, fazendo jus ao estilo de atuar das duas equipes. Com os volantes do Arsenal em uma tarde pouquíssimo inspirada, com muitos passes errados, o Barça se aproveitava nos contra ataques, enquanto Arsenal tentava pressionar.

Aos 39, Bendtner ajeitou de cabeça para Fabregas, que recebeu falta clara de Puyol dentro da área. Pênalti, gol do Arsenal, Puyol expulso e Fabregas se lesionando na própria cobrança O astro espanhol já está de fora do jogo de volta, por ter tomado cartão amarelo. Foi um jogo sensacional. O Barcelona possui, ainda, uma vantagem imensa. Mas nesse caso, ver um jogo entre esses dois times é sempre um prazer.

terça-feira, 30 de março de 2010

Triunfo de quem?

O Manchester foi o Manchester apenas no primeiro tempo, nesta tarde de Liga dos Campeões, na Allianz Arena. Com o gol relâmpago de Wayne Rooney logo no primeiro minuto de jogo (seu 34º na temporada, fase estupenda), e contando com o péssimo dia do zagueiro argentino Demichelis, o Manchester fez uma partida consistente na primeira etapa. Já o time alemão sentiu demais o golpe repentino, e demorou muito a se encontrar na partida e encaixar seu jogo.

O Bayern sentiu demais a falta de Robben, que assistiu o jogo do alto das cadeiras. A saída de bola do time era focada apenas em Ribéry, o que facilitava a marcação do United. Altintop, apesar e voluntarioso, foi - e é - um jogador de pegada, de marcação, no máximo um segundo volante. Com isso, o time ficava estrangulado, e tentou, em alguns momentos dos primeiros quarenta e cinco minutos, sair na base da vontade, do abafa. Nada feito. Alex Ferguson foi um monstro de novo. Destaque para a atuação do volante escocês Fletcher. Nunca um escocês fará tanta falta na seleção inglesa.

No segundo tempo, o Bayern voltou mais organizado, e contando com a ajuda da torcida (que pode assistir ao jogo com ingressos a 15 euros, uma bagatela para os padrões europeus) e com uma saída de bola mais variada, com Müller voltando para buscar o jogo. As defesas de Van der Sar (um monstro) tornavam-se cada vez mais frequentes no decorrer do jogo. Olic, em péssima tarde, começou a aparecer mais, mas sem perigo real.

Aos 30 minutos do segundo tempo, o inoxidável Gary Neville colocou a mão na bola na entrada da área. Falta cobrada por Ribéry. A bola desvia na barreira, premia o francês scarface, e mata Van der Sar. A partir daí, a pressão foi avassaladora. Aos 47 minutos, Olic roubou a bola de Evra na grande área , avançou e meteu no contrapé do goleiro holandês. A Allianz Arena explodiu.

O Bayern vingou a final épica de 98-99 da Liga dos Campeões, e joga por um empate na partida de volta, no Old Trafford. A pergunta é.

Isso é vantagem? O 2 x 1 é suficiente para parar o United? Rooney saiu machucado no tornozelo, e passa a ser dúvida. O futebol europeu nunca olhará tanto para um calcanhar quanto essa semana.

domingo, 28 de março de 2010

Vitória Leonina no Clássico das Multidões.

O Sport bateu o Santa Cruz hoje à tarde, na Ilha do Retiro, pelo campeonato pernambucano, e manteve a vantagem de dez pontos para o vice-líder Náutico, chegando aos 44 pontos, contra 34 do Timbu, que venceu a Cabense ontem, de virada. O Sport apresentou um futebol bastante eficiente e consciente taticamente. Manteve o controle do jogo na maioria do tempo, a não ser por contra ataques esporádicos do Santa Cruz.

O duelo "arquitetado"durante toda a semana, entre os atacantes Brasão, do Santa Cruz, e Ciro, do Sport, praticamente não aconteceu. O jovem atacante do rubronegro teve três claras chances de gol, e converteu uma. No primeiro tempo, após boa jogada tramada pelo meio do Sport, Ciro recebeu e tocou no canto. A bola bateu na trave e voltou nos pés de Dairo, que também carimbou a trave, num lance incrível. Minutos depois, Ciro recebeu ótimo passe, engatilhou, e perdeu um gol incrível, chutando na rede pelo lado de fora.

Aos 39 minutos, o gol de Ciro. Após ótima tabela com o lateral Dutra (vigor físico impressionante), o jovem recebeu na grande área e não perdeu, chegando aos 14 gols no ano, sendo um dos principais artilheiros em 2010 no futebol brasileiro. No segundo tempo, Ciro recebeu um pisão forte e deve de ser substituído. Já Brasão foi muito bem marcado pela zaga do Sport e pela torcida, que pegou no seu pé durante toda a partida.

O atacante tricolor acabou expulso após fazer falta dura em Eduardo Ramos (melhor em campo), impedindo o ataque do Sport. Festa na Ilha do Retiro, que recebeu ótimo público. Brasão teve, ironicamente, seu nome entoado nas arquibancadas e cadeiras dos torcedores rivais.

O Sport foi melhor durante todo o jogo, com destaque para Ciro, Eduardo Ramos e Daniel Paulista. Este último, apesar de ainda demonstrar lentidão, em virtude de estar voltando lentamente ao seu ritmo normal, por conta de uma contusão séria no joelho, jogou demais, e ao lado de Zé Antônio, foi o termômetro do time do Sport, alternando jogadas e, apesar de pecando na marcação, distribuindo o jogo com qualidade.

Pelo lado do Santa Cruz, o jovem volante Leo mostrou-se mais uma vez muito bem. Apesar da pouca idade, o volante apresentou-se com ótimos passes e boa saída de jogo, transformando-se no jogador mais regular do time do Santa durante a partida.

O Sport mostra mais uma vez que sobra em Pernambuco. Agora, é esperar essa enfadonha fase do estadual passar, e começar o mata-mata. O tédio foi interrompido hoje: Ilha do Retiro quase lotada, torcidas inflamadas, e um bom jogo. O Recife viveu uma tarde autêntica de Clássico das Multidões.

quinta-feira, 25 de março de 2010

O Cruzeiro não engrena.

Lédio Carmona

Foi bom porque ganhou. Foi ruim pelo que jogou. O Cruzeiro mais uma vez se atrapalhou com o Deportivo Itália, um dos times mais chatos do planeta. É experiente, sabe irritar o adversário, segura o jogo, faz falta demais, enfim, quebra a bola, como gostam de dizer alguns professores. Em Caracas, a Raposa só empatou por 2 a 2. Hoje, no Mineirão, com um público bem abaixo do que a importância da partida (e a convocação de Adílson Batista) pedia (17.237 torcedores), o Cruzeiro venceu por 2 a 0 (gols de Fabinho e Pedro Ken), deu um conforto à massa azul com o resultado, mas ficou a preocupação por mais uma atuação pálida, previsível e sem consistência.

Quarta-feira que vem, também em Belo Horizonte, o time não terá direito de jogar mal mais uma vez. Será a decisão do grupo. Se vencer, o primeiro lugar estará encaminhado. Se tropeçar, terá que achar um resultado contra o Colo-Colo, em Santiago. Só depende dos brasileiros. Mas para isso será preciso jogar o futebol que a equipe já cansou de exibir por aqui.

Sem Kleber e Roger, o Cruzeiro ficou previsível. Mesmo sem estar bem fisicamente, Roger dava mais volume de jogo ao meio de campo. Gilberto voltou ao time hoje, mas não jogou bem. Insistiu em bolas esticadas, atravessadas e passes longos que, na maioria das vezes, acabavam com os venezuelanos. Wellington Paulista não estava bem. Thiago Ribeiro corria demais, mas não tinha um resultado prático. Diego Renan tinha a preocupação de não dar os mesmos espaços para Richard Blanco pelo lado esquerdo. E a noite de Jonathan pela direita também não era muito inspirada.

Tudo meio arrastado. A sorte foi que o Cruzeiro fez o primeiro logo no início, com Fabinho, e, quando começava a se enervar no segundo tempo, chegou ao segundo gol, com Pedro Ken. Não foi lúdico, nem convincente, nem emocionante. Mas, desta vez, foi prático. O Cruzeiro ganhou. Provisoriamente é líder. E amanhã seca Velez Sarsfield e Colo-Colo, que se matarão em Buenos Aires. O empate será lindo. Mas, sem querer ser chato, mas já sendo, reafirmo: quarta-feira, na decisão contra os argentinos, a Raposa terá que ser muito mais predadora do que nos dois últimos jogos contra o Deportivo Itália. É hora do bote final.


quarta-feira, 24 de março de 2010

Próximo do fim do martírio.

Faltando 4 rodadas para o fim da primeira fase do campeonato pernambucano, a competição se arrasta, com 3 times lutando pela quarta e última vaga para o quadrangular final, que, por sinal, será quando o pernambucano terá alguma graça. O Sport tem 41 pontos e já está classificado). Santa Cruz (32 pontos) e Náutico (31 pontos), em teoria já podem se considerar classificados para a próxima fase. Cabense (atualmente a quarta colocada, com 28 pontos), Central e Ypiranga (ambos com 24 pontos) lutam pela última vaga.

Na rodada de hoje, os três times da capital venceram. No estádio dos Aflitos, o time do Náutico venceu sem dificuldades o Araripina, que luta para não cair, por 3 x 0. Gols de Zé Carlos (golaço!), Bruno Meneghel e Geílson, ambos de pênalti. O Timbu iniciou o jogo a toda velocidade, e chegou ao primeiro gol com Zé Carlos, aos 8 minutos. Em bola travada com a defesa do Araripina, Zé Carlos dominou e soltou uma bomba de fora da área: 1 x 0. Em seguida, Felipe fez uma falta muito dura em Hamilton, do Náutico, e acabou tomando o cartão vermelho direto. No final do jogo, aos 37 minutos, Geílson foi derrubado pelo goleiro Bell na área. O árbitro Emerson Sobral marcou o pênalti e ainda expulsou o goleiro, que era o último homem. 3 x 0, e o Náutico segue firme.

No Arruda, o Santa Cruz por pouco não se complicou contra o Porto, que tem remotas chances de classificação. O tricolor saiu perdendo por 2 x 0. Os gols do time de Caruaru foram marcados com 18 minutos do primeiro tempo. Kiros e Fabian (de pênalti). Aos 34 minutos, o Santa Cruz começou a reação: Joelson, que chegou aos 10 gols no estadual, marcou de cabeça, após cruzamento de Jefferson. O empate veio quatro minutos depois, com o bom meia Elvis, de pênalti. A virada aconteceu aos 39 minutos, em um pênalti convertido novamente por Elvis, bastate contestado pelo time do Porto. O jogador que supostamente cometeu a infração, Romero, tomou amarelo pelo lance, e depois o vermelho pela reclamação. Revoltado, tentou agredir o árbitro, mas foi seguro pelos companheiros. O Santa segue perseguindo o Sport, e aquece os tambores para o Clássico das Multidões, no próximo domingo, na Ilha.

O Sport sentiu o desfalque do volante Zé Antônio (um dos melhores do time na temporada) e teve uma atuação abaixo da média. Com o time travado em campo, fruto da marcação em cima de Eduardo Ramos, o Sport ainda teve de lutar contra o péssimo estado do gramado do time do Vera Cruz, o que aliás, é recorrente nos gramados pernambucanos. Em uma das únicas jogadas lúcidas do time no jogo, Ciro recebeu ótimo e tocou para Dairo, que chutou cruzado: 1 x 0. Dois minutos depois, o time de Givanildo Oliveira matou o jogo. Dutra recebeu na linha de fundo, e cruzou na cabeça de Eduardo Ramos. 2 x 0, e a invencibilidade foi mantida.

A Cabense, quarta colocada no estadual, e que vem fazendo uma campanha brilhante, perdeu de virada para o Central, em casa, e pode se complicar na disputa logo na reta final. Se a primeira fase terminasse hoje, os jogos seriam Sport x Cabense, e Santa Cruz x Náutico.

Domingo, tem o Clássico das Multidões. Aguardem!


Eto'o chegou!

Samuel Eto’o confirmou a boa fase e foi decisivo para a Inter de Milão dar mais passo rumo ao título do Campeonato Italiano. Com dois belos gols do camaronês, sendo um de bicicleta, e outro do brasileiro Maicon, a Inter venceu o Livorno por 3 a 0, em casa. Já o Milan tropeçou novamente e acabou derrotado no final por 1 a 0 para o Parma.

O resultado dá nova cara ao disputado Campeonato Italiano a oito rodadas do fim, depois de os dois principais candidatos ao título empatarem na última rodada. A Inter abriu vantagem na liderança e foi a 63 pontos, enquanto o arquirrival permaneceu com 59 e caiu para terceiro atrás ainda da Roma, que venceu o Bologna por 2 a 0 e também atingiu os mesmos 59 pontos.

Eto'o foi o destaque do jogo depois de marcar o único gol da vitória sobre o Chelsea, que garantiu a classificação para as quartas de final da Liga dos Campeões da Europa. Nesta quarta-feira, os brasileiros também brilharam. Thiago Motta deu duas assistências convertidas em gol e Maicon fez o terceiro da partida.

Mesmo atuando diante do lanterna, a Inter não começou bem na partida e obrigou o goleiro Julio Cesar a fazer boas defesas, principalmente nos chutes de Pulzetti e Filipinni. Aos 31 minutos, a equipe de Milão conseguiu sua primeira jogada de perigo com Quaresma, que acertou a trave após jogada individual.

A partir daí surgiu a estrela de Samuel Eto’o. Aos 35 minutos, ele recebeu passe perfeito de Thiago Motta, driblou o adversário e chutou alto no canto esquerdo, sem chance para o goleiro. Cinco minutos depois, novamente deixou sua marca. Pandev fez o cruzamento e, sem alternativa, Eto’o acertou uma bicicleta para fazer o segundo.

No segundo tempo, a Inter voltou embalada e em um lance brasileiro chegou ao terceiro gol. Maicon começou a jogada, tocou na frente para Thiago Motta, recebeu e acertou o gol com pouco ângulo, aos 16 minutos. A partida daí foi só administrar o resultado.

É, Milan. Fica difícil.

A derrota aos 44 minutos do segundo tempo brecou a reação da equipe que ficou perto da liderança depois de acumular resultados ruins no início da temporada, que renderam várias críticas ao trabalho de Leonardo.

No entanto, depois da boa sequência, a eliminação da Liga dos Campeões, com duas derrotas para o Manchester United (uma delas por 4 a 0), parece ter abalado a equipe que tem novamente o treinador brasileiro sob pressão.

Para o jogo contra o Parma, o Milan entrou desfalcado, sem David Beckham, Alessandro Nesta e Alexandre Pato, todos lesionados. Ainda assim o início prometia uma partida eletrizante. Logo aos seis segundos, Crespo acertou o travessão de Abbiati mostrando o domínio do Parma que se estabeleceria. Os visitantes tentaram explorar contra-ataques, mas não conseguiam atacar. O ritmo do jogo caiu e a etapa inicial se mostrou truncada e com poucas finalizações.

No segundo tempo, Ronaldinho Gaúcho chamou a responsabilidade do jogo, sendo autor dos principais lances de perigo, arriscando chutes de longa distância, mas pouco efetivos. O duelo chegou a ter um momento conturbado. Aos 35 minutos, um jogador do Parma ficou caído e ninguém mandou a bola para fora. Morrone se irritou e iniciou a confusão, depois de entrar duro em Ronaldinho Gaúcho, que afastou seus jogadores.

A partida caminhava para o fim, mas aconteceu o inesperado e o Milan sofreu o revés. Aos 44 minutos, Biabiany recebeu a bola na entrada da área e arriscou o chute cruzado. Abbiati espalmou, mas Bojinov pegou a sobra e marcou.

terça-feira, 23 de março de 2010

Top10 até a Copa: Jermain Defoe

Seguindo com o Top10 dos atacantes que podem fazer a diferença na Copa do Mundo da África, hoje é dia de Jermain Defoe, atacante do Tottenham e da seleção da Inglaterra. Convocado para o English Team desde 2004, o atacante de 27 anos foi gradativamente conquistando seu espaço no time de Fabio Capello, e hoje, mesmo sem ser titular absoluto, é presença certa no mundial.

Começou no mundo do futebol ainda na base do Charlton Athletic, em 1997 e depois no West Ham. No ano de 1999, no mesmo West Ham, iniciou sua carreira como profissional. Permaneceu no clube por 5 anos, e marcou 29 gols em 93 jogos, uma média não tão expressiva de 0,31 gols por jogo. Depois disso, Defoe se transferiu para o modesto Bournemouth, que hoje atua na quarta divisão inglesa, onde atuou por apenas 1 ano, marcando 18 gols em 29 jogos, onde duplicou sua média de gols para 0,62 por jogo.

O grande salto na carreira do atacante veio em 2004, quando ocorreu a sua transferência para o Tottenham. Nessa sua primeira passagem, Defoe jogou lá por 4 anos, e marcou 43 gols em 139 jogos, tornando-se peça chave no time nesse período de tempo. Foi emprestado ao Portsmouth, onde marcou 15 gols em 31 jogos, e, em 2009, voltou ao Tottenham, permanecendo até hoje, onde já assinalou 16 gols em 23 jogos.

Na seleção inglesa, vem tentando cavar sua vaga de titular, brigando com Darren Bent, Heskey e Peter Crouch. Uma das vagas, obviamente, já é de Wayne Rooney. Resta apenas mais uma. O desempenho de Defoe é caracterizado pelos gols marcados quando o atacante de 1,69m sai do banco, sempre mudando o panorama das partidas. Defoe começou poucos jogos como titular no
English Team, onde atuou por 38 oportunidades, marcando 12 gols.

Seu porte físico forte, mas de baixa estatura, o diferencia da maioria dos atacantes ingleses, que tem como ponto predominante a altura. Curiosamente, o maior atacante daquele país na atualidade, Rooney, tem apanágios parecidos.

Possui ótimo poder de finalização, é muito veloz e não tira o pé em lances decisivos. Será importantíssimo para o time de Capello na África do Sul.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Tudo "ão" no Castelão.

Antes de começar a comentar a vitória do Ceará no Clássico Rei, é indispensável lembrar de um detalhe importante. Diferentemente do que aconteceu no clássico entre Botafogo e Flamengo – e seu enfadonho público presente -, vimos mais uma amostra da força do futebol nordestino. O povo de lá é apaixonado pelo futebol. Independente da situação dos times, a massa enche os estádios. No Castelão, 30 mil pessoas. Segundo maior público da rodada – só batido pelo emocionante clássico do Norte Paysandu 3 x 3 Remo, onde o Papão foi campeão do primeiro turno para 35 mil pessoas verem. No Engenhão, clássico, com o Flamengo e Botafogo vindo de títulos recém-conquistados, 9 mil pessoas.vozao

Vamos ao que interessa. No futebol, tem certos jogadores que nasceram para jogar em um clube. Que rodam, rodam, mas só dão certo lá. Geraldo, ou Gera10, é um deles. É ídolo da torcida do Vozão. E corresponde em campo. Marcou dois gols no clássico-rei. Um de fora da área e outro de pênalti. Além de Geraldo, tem outra pessoa que se encaixou muito bem no Ceará. Não é jogador. Trata-se de PC Gusmão. Antes contestado em alguns clubes, se firmou no Vozão, levou o clube à Série A em 2010 e está liderando o Cearense. O Ceará não é bobo. A chegada do promissor Erick Flores vai ser importante. Tanto que estreou com 2 gols na semana passada.

Já o Fortaleza está no caminho inverso. Aposta em veteranos como Paulo Isidoro – que marcou no clássico – para comandar o time, que vai disputar a Série C em 2010. Está em 7º no estadual e não deve passar nem para a fase final. Nada mais normal que a vitória fosse do Vozão. Mesmo com um a menos desde 40 minutos do primeiro tempo – até o goleiro Fabiano, do Fortaleza, ser expulso aos 42 da segunda etapa. Além dos dois gols de Geraldo, Anderson marcou. 3 a 1.

No clássico-rei, tudo ficou no aumentativo. Castelão, Vozão, PC Gusmão e… Geraldão. Pinta de campeão.

domingo, 21 de março de 2010

Do Brasil.

Messi? Mais do mesmo.

Sempre que vejo na escalação do Barcelona o nome de Lionel Messi, começo a preparação. Afinal, o post virá recheado de elogios para o argentino. Te pergunto, caro amigo: quando foi a última vez que viu Messi jogando mal? Eu não lembro, confesso. Adjetivar craques é sempre complicado. Faltam adjetivos no nosso vocabulário para a qualidade desses jogadores.messi

Nesse domingo, mais um show da Pulga. A vítima foi o Zaragoza. Pobres zagueiros. Se tem alguém que eu não queria ser hoje, seria qualquer um dos defensores do time adversário. Não deve ser fácil marcar alguém cujo pé parece eletromagnetizar a bola, escondendo-a e tornando inalcançável. Messi só não faz chover. Marcou três gols. Um de cabeça, um golaço, após fazer fila – pobres marcadores – e outro com belo chute de fora da área, cheio de categoria.

O Zaragoza até tentou estragar a festa de Messi, quando em 4 minutos (aos 40 e 44 do segundo tempo), fez 2 gols, através de Colunga. Mas com Messi não se brinca. Ele que brinca. Foi o que fez, ao driblar com facilidade dois defensores e ser derrubado dentro da área. Pênalti convertido por Ibrahimovic. 4 a 2.

Messi é artilheiro da Liga. Principal trunfo do Barcelona para passar o líder Real Madrid, que tem 2 gols a mais de saldo. Poderia fazer um texto só com adjetivos ao argentino. Não seria exagero. Nada é exagero quando falamos de Lionel Messi. Sorte nossa que podemos assistir a um jogador como ele.

Clássico - enfim - das Emoções!

Essa alcunha há tempos era inapropriada para o confronto entre Santa Cruz e Náutico. Hoje foi totalmente diferente. As duas equipes fizeram um ótimo jogo de futebol, empates, mudanças de panorama, empates, retomadas de placar; enfim, tudo que um bom clássico pede. O destaque do jogo, foram os contra ataques do time do Santa Cruz, e o atacante Brasão, que em poucos jogos já virou ídolo do torcedor tricolor, autor de dois gols. Pelo Náutico, o pode-se dizer que goleiro Gustavo (que substituiu o titular Glédson, que por sinal ficará 3 semanas fora) evitou um resultado mais elástico. Final: 4 x 2 para o tricolor do Arruda.

Com os dois times vindo de derrotas pela Copa do Brasil no meio da semana, o clássico era visto como fundamental para a retomada da boa fase. O Santa contava com a volta de Joélson, artilheiro do time no pernambucano com 9 gols, e que vinha sendo reserva nos últimos jogos. O time estava com o moral alto, em virtude do bom jogo que fez contra o Botafogo. Já o Náutico, sob o comando de Alexandre Gallo, ainda tentava encontrar a formação ideal.

O primeiro tempo foi dominado pelo time do Santa Cruz. Mais bem postado em campo e contando com as boas trocas de passe entre Jackson (ex-Vitória-BA) e Elvis, o time envolvia a defesa do Náutico e criava boas oportunidades de gol. A principal válvula de escape tricolor era o lateral esquerdo Édson Miolo (que, curiosamente, definiu o clássico de 2009, quando jogava pelo Náutico, ao marcar 2 gols de falta), e as trocas de passe pelo meio. O Santa abafava a saída de bola do alvi-rubro, e depois de meter uma bola na trave com Édson Miolo, e de duas chances claras de gols perdidas por Joélson e Jackson, saiu o primeiro gol. Miolo, de falta, aos 43 minutos do primeiro tempo. Bola baixa, que passou por todo mundo na área, e morreu nas redes de Gustavo.

O segundo tempo começou mais igual, com o Náutico tentando manter a posse de bola por mais tempo, mas sem sucesso. Zé Carlos (ex-Goiás e Botafogo), lento, não conseguia puxar os ataques do time do técnico Gallo, tanto que o primeiro chute realmente perigoso do Timbú ocorreu aos 16 minutos da etapa final, com o volante Hamilton, batendo de fora da área. Quando o jogo ficava mais igual, com o Náutico tentando pressionar na base do abafa, o Santa encaixou seu primeiro contra ataque mortal: Brasão, ídolo do torcedor, recebeu em condição legal, e tocou por cobertura. Golaço. 2 x 0 e delírio no Arruda.

O Náutico partiu pra cima de forma desesperada, se expondo aos contra golpes do Santa. Mas deu certo. Em ótima cobrança de falta de Zé Carlos, o zagueiro Igor sobe sozinho e testa à queima roupa do bom goleiro Tutti: 2 x 1. 30 segundos depois, o empate Timbú. Mais uma bola alçada por Zé Carlos, Tutti saiu mal do gol e Derley completou a bola tocada de cabeça: 2 x 2 e o Arruda se calou.

Mas por poucos instantes. Na saída de bola, o Santa fez o terceiro. Bomba de fora da área, que Gustavo espalmou. Brasão pegou o rebote, driblou o zagueiro e o próprio goleiro do Náutico, e tocou com calma. 3 x 2. Na comemoração, o midiático atacante foi expulso por tirar a camisa. No minuto seguinte, outro golaço em outro contra-ataque. Jackson recebeu bola invertida de Brasão e tocou por cobertura. O Arruda explodiu com o final da partida: 4 x 2.

O Santa Cruz é vice-líder, a surpreendente Cabense é a terceira, e o Náutico segue em cai para o quarto lugar. Um clássico que fez jus a sua alcunha. Uma tarde no Arruda como nos bons tempos.

O Milan e suas limitações.

O Milan esbarrou em suas próprias limitações hoje, no jogo contra o Napoli, no San Siro. Limitações do elenco, limitações de seu treinador, e o colapso psicológico que afetou a equipe nos minutos finais do jogo, quando se via a chance de ser primeiro colocado se esvair. A partida terminou empatada em 1 x 1, e a equipe de Leonardo perdeu a chance de ser líder do Calcio. Fato que não acontece desde Novembro de 2008. Não foi desta vez, e José Mourinho agradeceu mais esse tropeço do time rossonero.

As limitações do elenco são flagrantes, e isso é um fato público e notório. Leonardo não pode fazer milares. Hoje, no banco, o Milan tinha Huntelaar, Mancini e Gattuso. Os outros nem merecem ser citados. Nomes pequenos e jogadores insignificantes para a história de um clube como o Milan. Ter de aturar Zambrotta na lateral deve ser motivo de enxaquecas constantes para o treinador brasileiro. O italiano segue "ruminando" seu futebol há anos. Um jogador duro, sem habilidade, e ainda por cima lento, fruto da idade que, felizmente para o futebol, vem chegando. Os reservas, como já citado, não empolgam.

Diante disso, ocorrem também erros de Leonardo, que tem logo o Milan como seu primeiro trabalho como treinador à frente de um clube. Hoje, querendo a vitória a todo custo, ele escalou o Milan com apenas um volante: Flamini. Queria o Milan todo pra frente, a fim de matar o jogo o quanto antes. Ao lado do volante francês, Pirlo atuava como segundo volante, posição onde o mesmo não rende nem metade de seu futebol. Mais à frente, o velho Seedorf, junto do aniversariante Ronaldinho (que deu passe para o gol de Pippo), tentavam municiar Pato e o inoxidável Inzaghi.

Com Pato se machucando logo no começo do jogo, Leonardo apostou em Mancini, que parece ter esquecido seu futebol no coliseu, em Roma, e mais uma fez foi ineficaz, a não ser por perder um gol cara a cara com o goleiro De Sanctis, quando o jogo já estava empatado em 1 x 1.

Com essa vontade de atacar, o Milan foi pra cima, mas deixou sua já fraca e desorganizada zaga ainda mais desprotegida. E foi em um lance de contra ataque que surgiu o primeiro gol. Campagnare aproveitou boa jogada do meio campo Napolitano e escorando uma bola fez 1 x 0. O Milan empatou 12 minutos depois. Ótimo cruzamento de Ronaldinho na cabeça de Inzaghi que, pasmem, empatou.

O que se viu depois daí foi um time completamente desordenado e querendo vencer na base do abafa e do coração. Mas, no futebol de um modo geral, isso nem sempre basta. E pensar que o Milan poderia sair da rodada líder. Depois não se sabe porquê o futebol italiano vem tendo participações tão medíocres na Champions League.

Gerrard-Dependência

O Liverpool foi o único time na história do campeonato inglês que conseguiu bater o Manchester United por 4 jogos seguidos. Tinha a chance de chegar mais uma vez a essa marca hoje, no clássico contra os Red Devils A vitória valia muito mais que um simples tabu: O time de Rafa Benitez precisava vencer para se manter vivo na disputa pela quarta e última vaga para a Liga dos Campeões, que é travada entre o Aston Villa, Tottenham, Manchester City e o próprio Liverpool. O grande problema é que time de Gerrard e Torres têm jogos a mais que seus concorrentes. Por isso, não se pensava em outro resultado hoje, mesmo atuando fora, que não a vitória.

E ficou mais uma vez claro que o time depende exclusivamente de boas jornadas de Fernando Torres e Gerrard, principalmente do armador inglês. Fora a incompetência e péssimos jogos feitos pelo Liverpool, por pura ineficiência, um fator que prejudicou demais a equipe foram as constantes contusões de seus jogadores. Fernando Torres é um dos três melhores atacantes da Premier League, junto com Rooney e Drogba, mas não consegue ter uma sequência de mais de 5 ou 6 jogos. Com isso, o poderio ofensivo do time cai drasticamente.

O primeiro gol do jogo foi justamente do ótimo atacante espanhol. Torres roubou a bola numa saída equivocada do bom médio volante Michael Carrick, tocou de letra para Gerrard e subiu no comando de ataque. Kuit recebeu pela direita de ataque e cruzou na cabeça de El Niño, que subiu sem qualquer marcação de Ferdinand e Vidic: 1 x 0. O Liverpool comandava o jogo, e o Manchester subia em esporádicos contra ataques.

Mas Rooney apareceu mais uma vez, em um lance polêmico. Valência avançou pela direita de ataque e foi puxado por Mascherano. O juiz erradamente apontou o lance dentro da área, marcando pênalti para o United. Muita reclamação do volante argentino que acabou premiado com um amarelo. Rooney bateu e fez seu vigésimo sexto gol na Premier. 33º na temporada.

Depois do gol, o Manchester subiu de produção, principalmente pela queda de rendimento de Gerrard, que sumiu em campo. Sem saída de bola, e dependendo apenas dos chutões dos zagueiros, o Liverpool passou todo o segundo tempo se defendendo e assistindo o Manchester jogar - e pressionar. Nem as entradas de Aquilani e Babel mudaram muita coisa. A bola não passava da intermediária.

Num cruzamento do ótimo Fletcher (que temporada!) , Park entrou de peixinho e definiu o placar. 2 x 1. O Manchester finca o pé na liderança, e o Liverpool, pelo visto, vai se acostumar a jogar a Liga Europa.

sábado, 20 de março de 2010

Tropeço Nerazzuri.

Uol.

Após vencer com ampla superioridade o Chelsea no meio da semana, o técnico José Mourinho resolvou mudar a Inter para o confronto deste sábado contra o Palermo. A alteração não deu certo e o líder do Campeoanto Italiano apenas empatou em 1 a 1 fora de casa e agora pode ver o arquirrival Milan assumir a ponta da competição se vencer o Napoli no domingo em San Siro. Quem também voltou à briga pelo título foi a Roma, que venceu a Udinese por 4 a 2, em casa, também neste sábado.

Na próxima semana, a Inter tem um jogo teoricamente mais fácil que seu rival. Pega o Livorno em casa enquanto o Milan enfrenta o Parma como visitante. Com 60 pontos, a equipe de José Mourinho tem apenas dois de vantagem sobre o arquirrival. A Roma, com a vitória, vai para 56 a nove rodadas do final do Italiano.

Temendo perder a liderança do Italiano, que ocupou durante quase toda a competição, a Inter visitava o Palermo, mas buscava atuar como se estivesse em casa. Assim criou as duas primeiras boas oportunidades do jogo, com Milito e depois Eto’o. Na terceira, aos 11min, abriu o placar com Diego Milito.

A Inter era muito melhor, dominava a partida e criava uma chance atrás da outra. O Palermo só deu o primeiro chute a gol aos 16min, sem levar perigo. Cinco minutos depois, porém, Miccoli fez boa jogada e assistiu Cavan, que bateu rasteiro para empatar o jogo.

Após o empate, o Palermo equilibrou o jogo, que seguiu dinâmico, agora tendo boas chances para os dois lados. Na segunda etapa, foi a vez de os donos da casa começarem melhor e quase virarem, mas Miccoli perdeu o tempo de bola aos 5min e desperdiçou boa chance de fazer de cabeça.

Convocado para a seleção brasileira pela primeira vez no final de 2009, o volante do Palermo, Fábio Simplício deixou o gramado aos 8min da segunda etapa com um estiramento na coxa. Carregado de maca, o ex-jogador do São Paulo saiu de campo levando a mão ao rosto e aparentemente chorando.

Precisando vencer para não deixar o Milan assumir a ponta, Mourinho mudou a equipe. Tirou Santon e Stankovic e lançou Thiago Motta e Pandev, colocando a Inter com absolutamente a mesma formação que venceu bem o Chelsea no meio de semana pela Liga dos Campeões, com uma linha de quatro atrás, dois volantes, um armador, dois pontas e um centroavante.

Com isso, a Inter cresceu no jogo e voltou a dominar as ações. O Palermo levou cerca de dez minutos para se adaptar na marcação dos visitantes, que, neste período, não conseguiram voltar à frente. Depois, foi a equipe da casa que teve as melhores chances, em contra-ataques, mas, parecendo sem fôlego, não conseguiu virar.

Sobras do Leão.

Em uma de suas piores apresentações no ano, o Sport conseguiu mais uma vitória pelo campeonato pernambucano, ao vencer o Salgueiro por 2 x 1, na Ilha do Retiro, na tarde deste sábado. Os gols foram marcados por Ciro (que chega aos 13 no ano) e Dairo. Vitor Caicó descontou para os visitantes. Com o resultado, o Sport chegou aos 38 pontos no campeonato, abrindo 10 pontos para o Náutico, que fecha a rodada amanhã, jogando o clássico contra o Santa Cruz.

Em uma tarde de pouca inspiração, e mostrando um futebol sonolento e burocrático, o Sport abriu o placar logo aos 9 minutos do primeiro tempo: Dairo recebeu cruzamento do lateral André Luiz e encheu o pé. Indenfensável para o goleiro Luciano: 1 x 0. Depois disso, o que se viu foi um fato que vem se tornando rotineiro no campeonato pernambucano: O Sport segurou o jogo, e nitidamente procurava não forçar o jogo, a fim de se poupar.

Mas o gol de Vítor Caicó, aos 21 minutos, após falha da zaga rubro-negra (o que vem sendo uma constante nessa temporada), colocou a atenção do Sport novamente na partida. O time do técnico Givanildo Oliveira partiu pra cima, mesmo que de forma desordenada. O estreante na lateral esquerda André Luiz subia demais, e a cobertura dos três zagueiros não se mostrava eficiente. Na direita, Eduardo Ratinho teve apenas lampejos de bom futebol. Odair, que substituiu Eduardo Ramos (destaque absoluto no ano ao lado de Ciro) sentiu o jogo de estreia, e limitou-se a um ótimo chute de fora da área.

Aos 41 minutos, após ótima enfiada do prata da casa Kássio, Eduardo Ratinho cruzou para a área e Ciro completou. No segundo tempo, a torcida perdeu a paciência com a nítida intenção do Sport em não forçar o jogo. Atuando basicamente no contra ataque, os jogadores do Sport tentaram ao máximo se pouparem. No final, foi o clássico exemplo de jogo que o que valeu foi apenas o resultado. O Sport segue com uma invencibilidade de mais de 40 jogos no Pernambucano, e mais líder do que nunca.