O espaço onde a redonda chama a responsabilidade.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Finalmente: O Clássico dos Clássicos.

O campeonato pernambucano chegou ao seu momento decisivo. Sport e Náutico farão a final que era tida como óbvia no começo do ano, foi posta em dúvida no decorrer da competição, em virtude da evolução do Santa Cruz, e agora confirma-se depois das semi-finais. O Sport não teve dificuldade em eliminar o Central. Venceu os dois jogos. O primeiro, em Caruaru, por 3 x 0, lhe deu uma vantagem descomunal para o jogo de volta, na Ilha do Retiro, que aconteceu hoje.

O sentimento era presente de que apenas uma catástrofe tiraria o Sport das finais. Tanto foi verdade que a sempre presente torcida do Sport compareceu em número bem baixo ao estádio, na noite de hoje. Pouco mais de dez mil pagantes viram a vitória dos comandados de Givanildo Oliveira por 1 x 0, golaço do prata da casa Levi. A torcida do Central compareceu em número ainda menor: Apenas um torcedor centralino esteve presente às dependências da Ilha.

Saindo com tudo para o ataque nos primeiros minutos, o time de Caruaru assustou o Sport em lances pontuais, mas a defesa rubro-negra esteve bem durante todo o jogo. O trio formado por César, Igor e Tobi segurou as investidas do time adversário, e Magrão, quando exigido, mostrou a frieza de sempre. Na frente, os jogadores do Sport, principalmente Ciro e Eduardo Ramos, foram muito atrapalhados pelas condições deploráveis do gramado da Ilha. Eduardo, por sinal, reclamou abertamente no intervalo. No segundo tempo, o Sport manteve a regularidade, tendo o jogo sob controle, e perdendo gols.

Coube ao prata da casa Levi, volante, que entrou no lugar de Daniel Paulista, que se sentira mal na noite anterior, marcar o gol do jogo, um petardo colocado. O Sport confirma o favoritismo e está na final.

Nos Aflitos, o Náutico mostrou, além de um preparo físico muito superior, maior organização em campo, e venceu o Santa Cruz por 1 x 0. Gol de cabeça de Carlinhos Bala, após ótima jogada de Zé Carlos pela esquerda. O time do técnico Alexandre Gallo foi superior desde os primeiros minutos de jogo, buscando o tempo todo o resultado. O resultado de 0 x 0 levaria o jogo para os pênaltis. Qualquer empate com gols, classificaria o Santa.

Tendo uma série inacreditável de gols perdidos pelos atacantes Geílson e Rodrigo Dantas, o Náutico levou aflição à torcida da casa. O Santa Cruz parecia impotente, como se tivesse chegado ao seu limite técnico e físico. Nem de longe foi o time que eliminou o Botafogo da Copa do Brasil. Sem ação para sair do bem armado sistema defensivo do Náutico(partidas soberbas dos volantes Hamílton e Ramires), o time do Santa se viu impotente. Mesmo quando quis pressionar, com o placar já marcando 1 x 0, o time do jovem e promissor Dado Cavalcanti não teve êxito.

O que pode caracterizar o time do Náutico é a evolução, principalmente no quesito físico. O time engoliu o Santa Cruz na disposição, fruto da semana de treinamento promovida por Gallo, que enfocou nesse aspecto, problema conhecido desde rodadas anteriores do campeonato.

Agora, tudo pronto. Domingo, nos Aflitos, e quarta, na Ilha do Retiro, o pernambucano irá se decidir. O Náutico tentará a todo custo impedir o pentacampeonato do Sport. O rubro-negro tem a vantagem de decidir em casa. Clássico das emoções, para definir o Frevão de 2010.

domingo, 25 de abril de 2010

O Frevão esquenta!

O Clássico das Emoções deste domingo, no Arruda, pela primeira partida de uma das semifinais do Campeonato Pernambucano, o placar terminou sem gols e com muita marcação. No segundo tempo da partida, o jogo fluiu um pouco mais solto, com uma leve vantagem pro time do Santa Cruz, já que Brasão conseguiu partir mais para cima da defesa alvirrubra, mas não foi feliz nas finalizações.

Apesar de nenhum dos dois times ter achado ruim um empate em clássico nas semifinais do campeonato, a ausência de gols favorece o Santa Cruz por causa do regulamento, que valoriza os gols fora de casa, assim como acontece na Copa do Brasil.

Em ambas as equipes, os destaques na partida deste domingo foram os defensores. As duas equipes acertaram a marcação e não deixaram os atacantes e meias ofensivos se destacarem na partida.

Do lado alvirrubro, Geílson e Bruno Meneghel jogaram mais soltos que Carlinhos Bala. No primeiro tempo, Meneghel teve as melhores oportunidades. Aos 13 minutos, ele chutou forte para defesa de Tutti. Aos 22, perdeu um gol feito, após lançamento de Carlinhos Bala. Em seguida, Gilberto Matuto cobrou falta para boa defesa de Glédson.

Durante boa parte do segundo tempo, o Santa pareceu estar mais perto de abrir o placar. Brasão conseguiu penetrar mais na defesa do Náutico, mas não acertava a finalização.

Até antes de Daniel se machucar, o Náutico levava vantagem pela lateral direita, em cima do lateral esquerdo do Santa, Marcos Mendes.

Aos 11 minutos, Bala teve boa oportunidade de fazer 1 x 0 após um bom lançamento de Geílson, mas o meia chutou pra fora. No contra-ataque, aos 23 minutos, Brasão entrou com tudo na área, mas também atirou pra fora. Em nova oportunidade de Brasão, aos 26 minutos, Diego Bispo conseguiu impedir e colocou pra linha de fundo. O Santa também teve oportunidade a partir de Tiago Laranjeira, mas Glédson fez boa defesa. Aos 42 minutos, Zé Carlos chuta forte, mas a bola passa à esquerda do gol de Tutti.

Em Caruaru, o Sport venceu o Central por 3 x 0 (gols de Júlio César, Ciro e Eduardo Ramos) e deu um grande passo rumo a final do campeonato. O jogo de volta das semifinais será na próxima quarta-feira (28), nos Aflitos. Já o Sport enfrenta o Central na Ilha do Retiro, no mesmo dia.

Apesar do começo claudicante nos primeiros minutos da primeira etapa, o Sport mandou no jogo na maioria das ações. Encarando o jogo como decisivo após o revés na Copa do Brasil, o time rubro-negro entrou determinado a tirar uma boa vantagem na casa do Central.

Júlio César, lateral direito bastante massacrado pela torcida, fez um dos melhores jogos com a camisa do Sport, e deixou sua marca. Ciro, que também não marcava há vários jogos, conclui após cruzamento pela esquerda. Eduardo Ramos, anulado nas duas partidas contra o Atlético-MG, voltou a aparecer, marcando num chute cruzado.

Agora, o Sport tem o jogo de volta, e salvo uma catástrofe, espera o resultado do clássico das emoções. O pernambucano se encaminha para o fim.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Sport fora da Copa do Nordeste.

O presidente do Sport, Sílvio Guimarães, decretou hoje que, nos moldes atuais, o time pernambucano está fora da disputa da Copa do Nordeste de 2010. A competição, que foi organizada em "regime de urgência", com reuniões periódicas ocorrendo quase que toda semana para definir cotas e direitos de transmissão, não seduziu o mandatário do Sport. A cota proposta para cada clube na competição, que se iniciará, em tese, no dia 9 de Junho (dois dias antes da Copa do Mundo), é de R$500 mil reais, abaixo dos R$750 mil da edição anterior, realizada em 2001.

O fato é que a organização da Copa do Nordeste-2010 é mais um exemplo da falta de gerência geral que ocorre no futebol do nordestino. Uma competição que já deu várias mostras de ser extremamente rentável, e de alimentar a sadia rivalidade dos clubes da região, não pode ser organizada de uma forma tão precipitada como foi feita. Prova disso é que a competição desse ano terá datas reservadas para as finais nos meses de Novembro e Dezembro, nas datas da Copa Sul-Americana, tornando a competição desgastante e longa.

Por enquanto, apenas o Sport declarou estar fora. Não se sabe outro clube entrará em seu lugar (foi sugerido o nome do Central, de Caruaru, para a vaga do time rubro-negro) ou se a competição será realizada sem o mesmo. O período do meio do ano será muito importante para o time do Sport no decorrer do ano. Com a parada para a Copa do Mundo, o time realizará uma inter-temporada, visto que teve apenas nove dias para preparação física e técnica no mês de Janeiro, graças ao estapafúrdio calendário do estadual.

Além disso, está sendo articulada, ainda sem confirmação, a reforma total do gramado da Ilha do Retiro, um dos piores entre os grandes clubes brasileiros, e motivo de seguidas reclamações até dos próprios jogadores do Sport. Esses projetos, aliados a baixa cota destinada ao clube, fizeram Sílvio Guimarães optar por não participar. O desejo é que em 2011 a competição seja melhor organizada, e aí sim o Sport confirmará presença.

A volta do mais disputado e competitivo campeonato da região Nordeste não pode ser feita do jeito que está sendo. Os clubes precisam valorizar a competição e, antes de tudo, serem valorizados. O caminho não está sendo esse.

domingo, 18 de abril de 2010

Vai começar o Campeonato Pernambucano!

Finalmente terminou a irritante e tediosa do campeonato pernambucano. Enquanto outros estaduais já têm seus campeões, o "Frevão 2010", um dos piores estaduais dos últimos anos, definiu hoje as duas partidas das semi-finais, na última rodada, que proporcinou dois fatos interessantes: A queda da invencibilidade do Sport, diante do Náutico, nos Aflitos, e não classificação da Cabense para a próxima fase, tendo sido o quarto time do campeonato durante 95% da competição.

O técnico do Sport, Givanildo Oliveira, poupou os principais jogadores para o clássico contra o Náutico. Já Alexandre Gallo entrou com força máxima, criando uma situação exatamente oposta ao clássico do "primeiro turno". Jogadores como Ciro, Eduardo Ramos e Dutra não jogaram, visando o confronto contra o Atlético-MG, na quarta-feira, pela Copa do Brasil. Já o Náutico precisava vencer para confirmar a segunda posição (disputada com o Santa Cruz) para ter a vantagem de decidir a semi-final em casa. O Timbu venceu por 2 x 0, e agora pega o Santa Cruz.

O clássico, assim como as últimas rodadas do campeonato, não valiam nada para o Sport. O jogo foi de pouco público, se comparado com os embates anteriores entre os dois times. O principal mote do jogo foi a queda da longa invencibilidade do Sport, de mais de 45 jogos. Depois de um primeiro tempo em que o Sport foi superior, com Leandrão perdendo gol em cima de gol, o Náutico marcou de pênalti, com Carlinhos Bala, logo no primeiro minuto da segunda etapa. No lance, Isael, do Sport, foi expulso, e o Náutico mandou no restante do jogo. O segundo gol foi uma consequência, marcado por Bruno Menghel.

A Cabense, que era a grande sensação do campeonato ao longo das rodadas, saiu do G4 logo na última rodada, ao empatar com o rebaixado Vera Cruz, em casa. Um resultado surpreendente. A vaga ficou com o Central, que protagonizou uma recuperação impressionante ao longo do estadual, e confirmou a vaga hoje, ao vencer o outro rebaixado, o Sete de Setembro, fora de casa, por 2 x 0.

Agora as atenções se voltam para o dia 25 de Abril, quando começam as semi-finais. Sport x Central e Náutico x Santa Cruz. O pernambucano terá, enfim, alguma emoção. A torcida agredece, depois de tanto tempo. Bem vindos ao campeonato pernambucano de futebol!


sexta-feira, 16 de abril de 2010

Igor, zagueiro do Sport: "Tenho certeza que a Ilha vai ferver."

Apenas esperando a fase de grupos do campeonato pernambucano terminar, o Sport tem o clássico desse domingo, contra o Náutico. Se para o alvi-rubro o jogo ainda vale a confirmação do segundo lugar, para poder decidir a semi-final em casa, para o time do técnico Givanildo Oliveira o jogo serve como um apronto para - até agora - a partida mais importante do ano, na quarta-feira, contra o Atlético-MG, pela Copa do Brasil. invicto há mais de 40 rodadas no estadual, o Sport vem cultivando uma relação especial com a outra competição, a qual foi campeão em 2008.

Existe competições que, quando são lembradas ou mencionadas em rodas de conversa, de imediato se associa alguma equipe específica. É assim com São Paulo e Boca Juniors, quando se fala em Libertadores. É assim com o Manchester United e determinados gigantes europeus, quando se fala em Liga dos Campeões. E vem sendo assim com o Sport, quando se fala em Copa do Brasil.

Estando em Recife e andando pelas ruas, é perceptível a excitação e ansiedade dos torcedores rubro-negros, quando se fala na competição nacional. A diretoria, sabendo disso, fez uma promoção nos ingressos, com o intuito de lotar novamente a Ilha do Retiro na quarta, com ingressos de estudante a 10 reais, e arquibancada a 20. A intenção é refazer a fama do estádio, que ficou conhecido pelas mais diversar alcunhas em 2008, como "Ilha de Lost", "Bombonilha" e muitos outros.

Os torcedores aguardam o jogo com muita expectativa, e a confiança parece intacta depois do resultado do jogo do Mineirão. As lembranças de um título que parece inesquecível sempre voltam. Fugindo de comparações com o time e a atmosfera que foi criada em 2008, a torcida parece querer apenas um empurrão do time para que a mística do Sport na competição seja retomada. Diversos grupos de torcedores já organizam a compra de fogos, piscas e os mais diveros artifícios para fazer uma festa bonita.

O título de 2008 devolveu uma confiança à torcida que há muito tempo estava restrita apenas ao âmbito estadual. A digna participação na Libertadores do ano seguinte, corroborou esse fato. Nem o caos administrativo e de vaidades que aplacou o clube depois da desclassificação da competição continental abalou a força da torcida no time.

Se no estadual o Sport joga praticamente dormindo, na Copa do Brasil, o time vai realmente ser testado. E a torcida, também.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Messi.

Não existe mais nenhum adjetivo ou classificação que consiga conceber o que Lionel Messi vem jogando pelo Barcelona. Sua habilidade, eficiência e objetividade escapam a qualquer análise clichê e óbvia de futebol. E quando se joga no melhor time do mundo, isso fica ainda mais evidenciado. Não sei para quem a relação entre Messi e Barcelona é mais benéfica. O fato é que Messi é, de fato e de direito, o melhor jogador do mundo, estando anos-luz à frente do segundo colocado. E é um melhor do mundo como há muito não se via. Ele é simplesmente colossal, espetacular, fantástico.

O Barcelona se recuperou rapidamente do susto que foi o primeiro gol do Arsenal, marcado por Bendtner, após bola roubada por Diaby e cruzada por Walcott. Recuperou-se com uma bomba de Messi, batendo de fora da área, após bobeada do péssimo Silvestre. A partir daí, deu-se o último suspiro dos gunners. O esfacelado time do Arsenal, com mais de meio time lesionado, até tentou impor uma marcação eficiente, mas, pelo menos hoje, era impossível.

Messi continuou destruindo, e virou o jogo após excelente assistência de Pedro. O argentino meteu por cima de Almúnia, num toque de classe, e virou a partida. O Camp Nou já explodia em festa, e a cada gol do argentino, a torcida o reverenciava. O terceiro gol foi mais uma obra prima. Recebendo bola enfiada em profundidade, Messi esperou o goleiro do Arsenal se definir. Quando o mesmo dobrou os joelhos, o argentino tocou por cobertura. 3 x 1.

O Barcelona, no segundo tempo, começou claramente a se poupar. Tentando tocar mais bola e fazendo o time do Arsenal correr. Mas a torcida empurrava o time pra frente, e Messi, mais uma vez, recebeu passe da direita, chutou, pegou o próprio rebote e meteu no meio das pernas de Almúnia.

Não se pode dizer que o Arsenal foi humilhado. O Arsenal viu o melhor time do mundo fazer o que sabe, e testemunhou mais uma exibição assombrosa de Messi. Com 22 anos, o atacante argentino já tem história no futebol. Ganhou tudo o que podia no seu clube, e parte para a Copa do Mundo como o maior destaque da competição. As comparações com Maradona continuam, e são completamente justas.

Sendo tão jovem, ele pode mesmo superar o maior jogador da história da Argentina. Talento tem demais. Próximo sábado tem o maior clássico de clubes do mundo: Real Madrid x Barcelona. Cristiano Ronaldo contra Messi. Um jogaço, de um craque, contra um gênio.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Dois dias de Decisão.

Henrique Marques

Terça e quarta. Esses dois dias desta semana serão muito mais que emocionantes! O resultado de qualquer uma das equipes envolvidas na Liga dos Campeões pode ser definitivo para o futuro dos clubes não só na Liga, mas no que resta da temporada nos campeonatos nacionais.

O grande jogo, sem dúvida, é Barcelona e Arsenal. O 2 a 2 no Emirates foi incrível e mesmo sem Fábregas o Arsenal crê que pode conseguir a classificação. Improvável. No final de semana comentei o jogo dos Gunners contra o Wolverhamtpon e fiquei impressionado com a dificuldade do time em fazer gols. Cheguei a pedir a entrada do Bendtner (sim EU pedi isso) e foi ele quem acabou marcando o gol único do jogo. E gols é o que o time mais vai precisar nesse confronto. Do outro lado a confiança do melhor time do mundo e ainda a presença de Messi fazem do Barça amplo favorito. Puyol fora? Pra mim é reforço!

Começando por Manchester o baque foi triplo: derrota de virada para o Bayern, a lesão de Rooney e mais uma derrota no clássico contra o Chelsea. Pela primeira vez ficou claro para o time de Sir Alex Ferguson que a temporada pode terminar sem nenhum dos dois títulos mais importantes que o time disputa. Mais ainda, todos nós vimos que o esquema dos Diabos Vermelhos chama-se Wayne Rooney! A falta que ele faz aos companheiros é gritante! Na Inglaterra os jornais dizem que o atacante pode pintar no jogo depois de uma mega, ultra, super, relâmpago recuperação. Será?

Já em Munique, tudo mudou! Depois de duas derrotas no campeonato alemão que afastaram o time da liderança e geraram desconfiança para o duelo contra o Manchester, o time conseguiu virar o jogo. Não só contra o Manchester United, mas no alemão também. A vitória em cima do Schalke 04, fora de casa, foi fantástica e elevou ainda mais o moral do time. Pra completar, Robben está relacionado para o jogo.

No duelo de franceses a coisa está bastante complicada para o Bordeaux. Depois da derrota no primeiro jogo, o time ainda perdeu em casa para o Nancy pelo campeonato francês. Pior ainda, o placar de 3 a 1 contra obriga o time a atacar, e esse é o fundamento mais fraco do time. Já o Lyon, que pelo francês venceu o Rennes fora de casa, está bem mais tranquilo. Nem a ausência de Lisandro López, suspenso, deixa o time tenso. O fato de não precisar atacar desesperadamente tranquiliza tudo, mas é bom ficar atento.

Pra fechar, Inter e CSKA. Antes um comentário: depois de todos os escândalos, Balotelli foi relacionado. Não concordo. Acho errado. Dentro do meu senso de profissionalismo ele excedeu todas as barreiras! Bom, tirando isso, sinal de alerta para os italianos. O CSKA não tem nada demais, mas a Inter fez apenas 1 a 0 no jogo em casa. Acho a zebre improvável mas não impossível.

domingo, 4 de abril de 2010

3 Momentos distintos em Pernambuco.

No campeonato pernambucano, os jogos desse domingo de páscoa dos times da capital mostraram bem os momentos distintos que vivem Náutico, Sport e Santa Cruz.

O Náutico está perdido. Foi à Vitória de Santo Antão, jogar contra o time da casa, e acabou saindo derrotado por 3 x 2, com o gol do Vitória sendo marcado no último lance da partida. O Timbu sofre demais pela falta de regularidade e de padrão de jogo. Depois da humilhante goleada sofrida perpetrada pelo Vitória-BA no meio de semana, o Náutico apostou suas atenções no pernambucano, onde no começo dessa rodada era více-líder, 10 pontos atrás do Sport.

Depois de um primeiro tempo onde o time do interior mostrou-se mais organizado, e o Timbu perdendo chances claras de gol com Geílson e Rodrigo Dantas, o castigo veio aos 8 minutos da etapa complementar: O bom lateral direito Suelliton cruzou, e Jadílson marcou de cabeça. 10º gol do atacante, ex-Sport. O Náutico se lançou ao ataque de forma desordenada, e chegou ao empate com Dinda, completando após rebote do goleiro, no chute de Rodrigo Dantas.

A pressão do Timbu aumentou, e a virada aconteceu com o zagueiro prata-da-casa Diego Bispo, completando bola alçada na área. A essa altura, o Náutico ainda sim esteve longe de apresentar um futebol convincence. O técnico Alexandre Gallo optou por improvisações na lateral e no meio, após a péssima apresentação pela Copa do Brasil. Tanto é verdade, que o Vitória continuou bem postado em campo, e chegando ao empate de pênalti, convertido por Sandro Miguel, com paradinha.

Aos 47, quando tudo parecia terminado, um lance genial. O lateral direito Suelliton acreditou numa bola esticada, e deu um drible sensacional e, Geílson, na linha de fundo. Depois, só levantou na área, para Jadílson marcar seu 11º gol. Fase péssima do Náutico, que precisa urgentemente se encontrar. A Série B está aí.

O Sport confirmou o primeiro lugar antecipado da malfadada primeira fase, ao vencer a Cabense, atual 4ª colocada, por 3 x 1. O jogo marcou o jogo de número 200 do lateral Dutral pelo Leão. Os destaques Ciro e Eduardo Ramos não estiveram em campo, por suspensão e contusão, respectivamente. Os gols foram marcados por Leandrão (2 vezes) e Júlio César, de pênalti. Flávio descontou para a Cabense.

O rubro-negro não teve dificuldades em nemhum momento da partida, e continua em um bom momento, chegando a uma invencibilidade de 46 partidas no estadual. Após a classificação para as oitavas da Copa do Brasil, o Sport chega a 47 pontos, e abre 12 para o novo vice, o Santa Cruz, que tem 35. Vale ressaltar: O rubro-negro contratou o ex-Gremista Pedro Júnior para o ataque.

No interior, o Santa Cruz confirmou a boa fase ao vencer o difícil Ypiranga por 2 x 0. Os gols foram marcados por Gilberto Matuto e Joélson. As dificuldades que o Santa Cruz enfrentou nos primeiros 45 minutos eram esperadas. O Ypiranga soube marcar forte as principais peças do Tricolor. E o que se viu foi um duelo muito equilibrado.

No segundo tempo, o Santa conseguiu tocar melhor a bola, variar as jogadas e atuar de forma mais objetiva. A postura da equipe deu resultado logo aos 11 minutos. Após jogada de Dedé, Joélson estufou as redes do time da casa. O time do Ypiranga sentiu o gol e perdeu o rumo. Gilberto Matuto, minutos depois, aproveitou o rebote de Joelson e fechou o placar.

A 3 rodadas para o fim do PE, os grandes vivem momentos singulares. Supremo, o Sport aguarda os adversários. O Náutico tenta se recuperar a tempo. E o Santa vive um momento que há muito estava esquecido.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

História em 3 cores.

O Santa Cruz, aquele mesmo que protagonizou campanhas vexatórias nos últimas anos no cenário nacional; aquele mesmo que nem classificado para a Série D do campeonato brasileiro está ainda; aquele mesmo que tem uma torcida enorme e apaixonada, mas que vem sendo massacrada por gestões pífias e incompetentes; aquele que é motivo de piada para os torcedores rivais, e que é lembrado positivamente apenas num passado distante, como se fosse filme antigo.

Esse time fez sua torcida sorrir hoje, em uma vitória épica contra o Botafogo, em pleno Engenhão, por 3 x 2. O resultado fez o Santa se classificar para a próxima fase da Copa do Brasil, onde enfrentará o Atlético-GO. Já o Botafogo fez uma partida fraquíssima, errou tudo que poderia errar. O Santa ainda perdeu um pênalti, defendido por Jefferson.

O Santa abriu o placar em uma falha grotesca do goleiro Jefferson. Léo, volante que vem sendo a grande revelação do Santa Cruz nesse início de temporada, mandou um chute do meio da rua, e o goleiro do Botafogo aceitou. 1 x 0. E o jogo iria para os pênaltis. Mas muita coisa vinha por aí. O Botafogo sentiu o golpe, e o Santa mandava no jogo. O tricolor quase ampliou com Brasão, mas o arqueiro alvi-negro fez boa defesa. Depois de ser pressionado, o Botafogo empatou aos 20 minutos, com Herrera, após ótima troca de passes de Loco Abreu com Lúcio Flávio.

Como no primeiro jogo, as falhas nas finalizações atormentaram o Santa Cruz. Diversas chances perdidas, e a torcida que compareceu ao Engenhão arrancava os cabelos de raiva. Aos 25 minutos, enfim o ídolo apareceu. Brasão, o midiático atacante, recebeu dentro da área, girou e bateu. Gol tricolor. O jogo ficou totalmente aberto, com o alvi-negro carioca indo pra cima de forma desesperada, buscando o gol, e parando nas boas defesas do goleiro Tutti. Aos 40 minutos, explosão carioca. Loco Abreu resvalou de cabeça e a bola sobrou para Herrera, que mandou para o fundo da rede: 2 a 2.

Aos 45 minutos, a história: O treinador Dado Cavalcante deixou o Santa com 4 atacantes em campo. Deu resultado. Após bate-rebate na área, a bola sobrou para Souza marcar, e dar felicidade para uma torcida tão machucada, mas que nunca deixou de apoiar o Santa. O tricolor pernambucano fez história, e mostra que o futebol de Pernambuco sobrevive, apesar de tanta incompetência.

A preciosidade belga.

Rodando por sites especializados em futebol do velho continente, encontrei diversas referências a um atacante que vem despertando interesse dos monstros milionários europeus, tais como Chelsea, Manchester United e Real Madrid. Trata-se do atacante belga Romelu Lukaku. O jogador, que tem origem congolesa, tem apenas 16 anos de idade e foi (o mais jovem) artilheiro da temporada regular do campeonato nacional, com 16 gols em 28 jogos, e já começa a ser comparado com Drogba. Ainda nas divisões de base do Brussels, clube da Bélgica, quando tinha apenas 15 anos, colocou a bola nas redes adversárias por 26 vezes em 17 jogos.

O atacante mede 1,90m e pesa 94 quilos, inclusive já tendo sido convocado para a seleção belga pelo treinador Dick Advocaat. Nascido na Autuérpia, Lukaku destaca-se por fugir do porte comum a jogadores de sua estatura e peso. Mesmo tendo uma força física significativa, o jogador possui muita habilidade com os pés. A amostra disso é que boa parte de seus gols no campeonato belga foram marcados através de jogadas individuais.

Wenger, treinador do Arsenal, conhecido por todo o mundo do futebol como descobridor de talentos, acompanha Lukaku desde as divisões de base do Anderlecth, de 2006 até 2009. É mais um talento que parece não irá demorar a se tornar uma estrela do futebol do velho continente. Forte, decisivo, habilidoso. Romelu Lukaku pode ser o próximo.


Pernambuco na Copa do Brasil.

A noite dos pernambucanos na Copa do Brasil foi muito diferente. Sport e Náutico entraram em campo tentando definir suas classificações. O Sport jogou em casa contra o Paraná, e o Náutico viajou para a Bahia, onde enfrentou o Vitória. Nos primeiros jogos, os comandados de Givanildo Oliveira arrancaram um empate em 1 x 1, e tinham certa tranquilidade na partida de hoje. O Náutico partiu em situação muito mais difícil, pois perdeu em casa por 1 x 0, e tinha que reverter a situação no estádio do Barradão.

O Sport fez uma partida abaixo de sua média no ano, mas venceu por 1 x 0 e carimbou o passaporte para a próxima fase do torneio, gol marcado pelo contestadíssimo zagueiro Dirley, após levantamento de Eduardo Ramos, no primeiro tempo. Em um jogo típico de série B, Sport e Paraná protagonizaram uma partida com muitas faltas e pouca inspiração. Pelo lado rubro-negro, os jogadores sentiram o cansaço, proveniente do clássico contra o Santa Cruz, no último final de semana. Ciro e Eduardo Ramos, destaques absolutos do Sport neste começo de ano, estiveram apagados, principalmente o jovem atacante.

Já pelo Paraná, o lateral direito Jefferson foi o destaque, com muitos dribles e jogadas de linha de fundo, dando trabalho ao experiente Dutra, do Sport. O time paranaense ainda desperdiçou um pênalti, logo aos 6 minutos de partida, mas João Paulo carimbou a trave de Magrão. No fim, os pontos positivos foram o resultado e a torcida, que voltou a colorir a Ilha e levar o time pra frente.

Já o Náutico foi massacrado pelo Vitória, com uma derrota inapelável por 5 x 0. E poderia ser mais, se o time baiano não tivesse perdido três penalidades durante a partida. O time passa por uma grave crise técnica e psicológica, não empolgando de forma alguma a sua torcida nem no campeonato estadual, onde ocupa a segunda colocação, dez pontos atrás do líder Sport.

Os problemas do time alvi-rubro são conhecidos: Falhas constantes na formação do elenco para a temporada, com a quantidade de jogadores contratados sendo sobrepujante à qualidade dos mesmos. Jogadores como o atacante Geílson, que foi contratado ainda por sua boa passagem pelo Santos, em 2004, e que segue decepcionando, ou Zé Carlos, ex-Botafogo, e que foi expulso hoje, por agressão, demonstram a total falta de estrutura psicológica e física da equipe.

O Náutico demitiu o treinador Guilherme Macuglia após 10 jogos, e trouxe Alexandre Gallo. Hoje foi o 11º jogo de Gallo no comando no Náutico, e o aproveitamento é ainda pior. O Náutico precisa de uma reformulação de forma gritante. Apesar disso, uma mudança de mentalidade seria muito mais saudável e produtiva do que mandar o caminhão de jogadores que foram contratados em Janeiro embora.